O Muro de Berlim caiu há 30 anos e foram muitos os que acreditaram que seria o último a ruir na Europa, mas novas paredes se levantam, podem não ser de pedra ou betão, mas não são menos vergonhosas.

O “Muro da Vergonha”, nome dado por Willy Brandt, dirigente social-democrata e primeiro-ministro da República Federal Alemã (RFA), foi edificado na noite de 13 de Agosto de 1961, quando os líderes comunistas soviéticos e alemães orientais compreenderam que, através de meios civilizados e pacíficos, não conseguiriam vencer a luta contra o capitalismo ocidental na disputa pelo bem-estar social e económico.  Face a uma fuga massiva de pessoas da República Democrática Alemã (RDA) para a RFA, eles não encontraram outra saída que não edificar uma parede de cimento e arame farpado com 155 quilómetros de comprimento.

Em 28 anos, dois meses e 27 dias de existência do Muro, 5075 cidadãos da RDA, incluindo 574 militares, conseguiram furar o cerco e fugir. Cerca de 75 mil pessoas foram acusadas de “desertores da república”, ou seja, de tentativa de fugir do “campo socialista” e condenadas a penas de prisão. Quanto ao número de mortos, eles são imprecisos pois a RDA tudo fazia para esconder os incidentes ocorridos junto ao Muro.

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