A Grécia foi hoje a votos e, de acordo com os resultados já conhecidos, o Syriza foi finalmente afastado do poder ao qual se agarrou desdizendo-se a cada passo. É de esperar que assim aconteça, quanto mais não seja para pôr termo à farsa contínua de falsas soluções que só deixaram o país pior do que antes da bancarrota e da frustrada tentativa de reformas… Um artigo publicado no Financial Times de ontem fazia pensar automaticamente em Portugal devido ao peso que os incêndios florestais ocorridos no ano passado na Grécia irão ter na votação de hoje.
Ponto por ponto, a descrição dos incêndios na Grécia é absolutamente idêntica aos que ocorreram em Portugal há dois anos, com a diferença de que aqui morreram ainda mais pessoas. São idênticas as causas e as consequências, assim como é idêntica a trágica incompetência e desresponsabilização das autoridades governamentais. Até nos confrontamos na Grécia com a recordação das mesmas responsabilidades das forças policiais e da falta de meios de comunicação na catástrofe. Aparentemente, o partido do governo na Grécia vai pagar esses erros e denegações. Em Portugal, parece que não e, como é evidente, ninguém pode desejar a repetição da tragédia!
Em compensação, aqui acabam de se abrir fissuras no silêncio que as autoridades portuguesas têm mantido acerca da risível incompetência e igual desresponsabilização do Estado perante o caricato roubo igualmente no Verão do 2018 e a aparente devolução das presumíveis armas de Tancos. Com motivos que ainda se desconhecem publicamente, o antigo ministro da respectiva pasta, o político e comentador afecto ao PS, Azeredo Lopes, com firmes provas dadas dessa «afeição» quando presidiu à chamada Entidade Reguladora da Comunicação Social durante todo o funesto tempo de Sócrates, foi declarado «arguido» no processo de Tancos.
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