Chama-se “Tríplice Coroa do Automobilismo” as três corridas mais importantes do ano no mundo da velocidade: o Grande Prémio de Mónaco de Fórmula 1, as 500 Milhas de Indianápolis da IndyCar e as 24 Horas de Le Mans do Campeonato Mundial de Endurance. Este domingo, dois terços da tríplice coroa vão estar prontos para escrever mais um capítulo da sua tradicional história, quando o circuito citadino de Monte Carlo recebe mais um duelo entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg na disputa pelo campeonato mundial e o circuito oval de Indianapolis Motor Speedway realiza a sua 100º edição. Há ainda espaço para as 600 Milhas de Charlotte, a prova mais longa do ano da NASCAR.
Com todas estas opções, o Observador explica onde ver e o que esperar este dia “A” de automobilismo.
GP de Mónaco de Fórmula 1
A Fórmula 1 chega ao circuito citadino de Monte Carlo de uma maneira pouco esperada por muitos, no início do ano: Nico Rosberg lidera o campeonato com 43 pontos de vantagem sobre Lewis Hamilton. A disputa entre os dois pilotos da Mercedes chegou ao seu ápice na última corrida, em Espanha, quando um acidente, logo à primeira volta do circuito da Catalunha, tirou-os da prova.
Em Mónaco, a história pesa a favor de Rosberg. O piloto alemão ganhou as últimas três edições da prova e, caso vença este domingo, pode passar Graham Hill e Alain Prost e tornar-se o segundo piloto com mais vitórias em Monte Carlo, atrás apenas de Ayrton Senna, com seis triunfos. Rosberg larga em segundo lugar.
Já Lewis Hamilton começou o GP de Mónaco com um problema no motor, na terceira e decisiva parte do treino de qualificação este sábado, o que lhe permitiu conseguir apenas a terceira posição na grelha de partida. “Custou-me a pole position. O meu objetivo é pelo menos terminar [a corrida] onde estou. Se conseguir ganhar outra posição, seria ótimo. Apenas espero que o carro esteja bem”, afirmou, em entrevista à BBC. O britânico tem enfrentado uma sequência de problemas técnicos no carro, que lhe tem custado importantes pontos no campeonato.
Coube ao piloto australiano Daniel Ricciardo (Red Bull) conquistar a sua primeira pole position da carreira e largar na primeira posição em Mónaco.
Onde ver: Eurosport 2, às 13h
500 Milhas de Indianápolis
Vencer as 500 Milhas de Indianápolis já é um fato notável para o currículo de qualquer piloto: receber o Troféu Borg Warner e uma garrafa de leite é o objetivo de qualquer competidor na IndyCar. No entanto, vencer a 100º edição das 500 Milhas de Indianápolis tem um simbolismo especial e pode marcar a carreira do seu vencedor.
É difícil, no entanto, apontar um favorito em Indianápolis, sobretudo com a constante mudança na liderança característicos da corrida. Os diversos acidentes e as diferentes estratégias para a troca de pneus também contribuem para embaralhar a classificação dos 33 pilotos que disputam a prova.
Há, contudo, alguns candidatos a escrever a sua história no Indianapolis Motor Speedway. É o caso de James Hinchcliffe, que conquistou a pole position em 2016, após ser impedido de correr no ano passado, na sequência de uma grave acidente ocorrido justamente no mesmo treino classificatório. “Eu vim para cá este ano para contar uma outra história, uma história diferente da do ano passado. Eu consegui”, disse em conferência de imprensa, após a conquista do triunfo.
Simon Pagenaud, líder do campeonato, larga em oitavo, mas pode tornar-se o primeiro piloto a vencer quatro corridas seguidas desde a fusão entre as categorias IndyCar e Champ Car World Series, em 2008. Há ainda seis ex-vencedores da prova que correm este domingo (Hunter-Reay, Hélio Castroneves, Scott Dixon, Juan Pablo Montoya, Scott Dixon e Buddy Lazier) e cinco estreantes (Alexander Rossi, Max Chilton, Matthew Brabham, Spencer Pigot e Stefan Wilson).
Onde ver: Sporttv 5, às 16h
600 Milhas de Charlotte
Há um motivo pelo qual coincidem no mesmo dia as 500 Milhas de Indianápolis e as 600 Milhas de Charlotte: o Memorial Day, feriado nacional, celebrado na última segunda-feira do mês de maio, que homenageia os militares americanos que morreram em combate. Os dois eventos já coincidiram no mesmo horário em anos anteriores, mas agora acontecem em momentos diferentes este domingo, para que não compitam entre si em importância e notoriedade.
As 600 Milhas de Charlotte é a prova mais longa do campeonato da Nascar Sprint Cup Series, com uma distância final de 600 milhas, o que equivale a cerca de 965 quilómetros. Aqui, mas importante do que ser rápido é escapar de eventuais problemas, fugir dos acidentes, poupar combustível nos momentos adequados e modificar o ajuste do carro de acordo com a mudança nas condições da pista. Ou seja, é uma corrida que se disputa com uma mão na calculadora, os dedos cruzados (para atrair sorte) e com o pé no acelerador.
Carl Edwards venceu a corrida em 2015, após 4 horas, 3 minutos e 34 segundos, e esperar repetir o resultado. Jimmie Johnson pode igualar este ano o triunfo de Darrell Waltrip e tornar-se o maior vencedor das 600 Milhas de Charlotte, com cinco vitórias. Há, ainda, Kyle Busch, único piloto a conquistar três vitórias esta temporada, mas que nunca venceu no Charlotte Motor Speedway. Kevin Harvick, líder do campeonato, e Martin Truex Jr., pole position, também prometem lutar pela vitória.
Onde ver: Sporttv 5, às 23h