Morreu uma mulher com uma superbactéria resistente a todos os medicamentos antimicrobióticos permitidos nos Estados Unidos. Embora o caso remonte a agosto do ano passado, só agora é que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças anunciou o acontecimento.

De acordo com o comunicado enviado à imprensa, a mulher foi infetada com a bactéria Klebsiella pneumoniae numa viagem à Índia. Regressou doente aos Estados Unidos, mas não respondeu positivamente a nenhum dos 26 tipos de antibióticos que lhe foram receitados. O caso eleva ainda mais a preocupação sobre a crescente resistência do organismo a esses medicamentos.

O primeiro diagnóstico dos médicos dizia que a mulher sofria de síndrome de resposta inflamatória sistémica — uma inflamação que afeta todo o organismo provocando um decréscimo no número de leucócitos (ou glóbulos brancos, as “tropas” que o organismo usa para combater agentes estranhos), aumento da frequência cardíaca e respiratória e aumento da temperatura corporal. Mais tarde, manifestou ainda sinais de um seroma na anca, uma acumulação de líquido junto a uma cicatriz feita em Nova Déli. É possível que tenha sido infetada nessa altura.

Cerca de duas semanas depois da hospitalização em Washoe County Health District, nos primeiros dias de setembro de 2016, a mulher não resistiu aos danos provocados pela inflamação criada pela bactéria e morreu.

Entre os antibióticos dados à mulher estão todos os medicamentos aprovados pelas autoridades de saúde norte-americanas que tinham como propósito serem usadas em casos graves de resistência aos medicamentos tradicionais. A enterobactéria foi mais forte, levando a mulher a desenvolver um choque sético.

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