Simplificar, para conter o preço e agilizar a produção – com vista a satisfazer as centenas de milhar de pré-encomendas que a marca afirma já ter para o modelo. Este parece ser um dos pilares fundamentais da estratégia da Tesla para o muito aguardado Model 3, que já no Verão começará a ser entregue aos seus primeiros clientes (fundamentalmente, funcionários e investidores da empresa), para, no final do ano, começar a chegar às mãos do público em geral.

Mais um elemento que tende a confirmar a teoria é o mais acessível dos Tesla dispensar o habitual painel de instrumentos, ou mesmo um head-up display que projecte informações directamtente no pára-brisas, defronte do condutor. Que, para mais, terá como única fonte de informação o ecrã táctil único do sistema de infoentretenimento, e não os dois que equipam os mais requintados (e caros) Model S e Model X.

Uma opção, no mínimo, ousada por parte da marca de Palo Alto, já que, praticamente desde os seus primórdios, os automóveis possuem, pelo menos, um velocímetro colocado diante de quem os conduz. E que, neste caso, terão de verificar a velocidade a que circulam no tal ecrã montado na consola central – estando por saber se tal é viável à luz da legislação dos diferentes países em que a Tesla pretende comercializar o Model 3, incluindo os EUA.

Mas Elon Musk parece determinado em ir por diante com esta configuração, mesmo que o tempo que medeia até ao lançamento comercial do modelo ainda permita optar por outra solução, caso a clientela a tal obrigue. Para já, e quando instado a comentar a situação por um adepto da marca, o CEO da Tesla foi lacónico e peremptório relativamente à ausência do painel de instrumentos: “Você não se vai importar.”

A afirmação poderá significar, também, que o Model 3 contará já com uma versão suficientemente evoluída do sistema de condução autónoma Autopilot que permita dispensar a intervenção humana na maioria das situações. O que, a confirmar-se, também exigirá saber quando poderá o mesmo ser utilizado na plenitude das suas capacidades, tendo em conta as diferentes regulamentações (ou ausência delas…) relativamente a esta matéria em vigor nos diferentes países em que a Tesla está já presente. E que mesmo no seu país de origem variam de estado para estado.

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