A Energias de Portugal (EDP) e a Fiequimetal chegaram esta quarta-feira a acordo para uma atualização salarial de 1,3% para este ano, revelou Joaquim Gervásio, porta-voz da federação intersindical, à Lusa.

“Chegámos a acordo, mas foi um bocado ‘arrancado a ferros’, porque a empresa não queria dar um aumento significativo aos trabalhadores”, avançou o responsável da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal).

“Num ano em que a empresa [EDP] subiu os seus lucros em 5,0% [para 961 milhões de euros] e vai aumentar em 3,0% os dividendos distribuídos aos acionistas, andou três meses a oferecer aos trabalhadores um aumento de apenas 0,7%”, realçou Joaquim Gervásio, no final da reunião com a administração em que foi alcançado o acordo para o aumento salarial de 1,3% em 2017 e para o prémio de produtividade. “Foi o acordo possível. É um aumento na mesma linha do ano anterior e só foi possível com muito esforço”, vincou o porta-voz da Fiequimetal.

Inicialmente, os sindicatos que integram esta federação pediam uma atualização salarial de 4%, tendo a EDP oferecido os já mencionados 0,7%. Na contra resposta, a Fiequimetal baixou a exigência para os 3,1% e as posições mantiveram-se inalteradas até à reunião desta quarta-feira.

“A EDP teria condições mais do que suficientes para dar maior qualidade de vida aos trabalhadores”, considerou Joaquim Gervásio, acrescentando que está convencido que o facto de se realizar esta quarta-feira a assembleia-geral anual de acionistas da EDP ajudou a consumar o acordo relativamente a esta matéria. A atualização salarial é extensível à totalidade dos cerca de seis mil trabalhadores do grupo em Portugal.

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