O concurso Best Illusion of the Year premeia o engenho e a criatividade das ilusões óticas que mais se destacaram em 2017. Os prémios são entregues desde 2005 e o vencedor da edição deste ano já é conhecido.
Hedva Spitzer, Niv Weisman e Dana Rearosh, engenheiros da Faculdade de Engenharia da Universidade de Telavive, criaram a ilusão “Shape from motion only”. Desenharam um fundo aparentemente homogéneo e estático que, quando se mexe, desvenda coelhos, uma pessoa a dançar ou até o famoso “copo de Rubin” – uma mítica ilusão que representa uma dupla visão, a de uma taça e a de dois rostos que estão frente a frente.
De acordo com os próprios investigadores, “os objetos e os fundos foram criados piscando e apagando os pixéis, a única diferença traduz-se nas propriedades temporais, onde jogamos com fenómenos estáticos, formas e tamanhos”.
O resultado final é um exemplo incrível de como os circuitos de movimento e forma do cérebro são capazes de interagir para nos ajudar a interpretar os objetos que temos à nossa volta. O júri do concurso revelou que deu o primeiro prémio a esta ilusão pelo potencial de mergulhar nos mecanismos do nosso sistema visual.
Mas isto é tudo um pouco confuso a menos que o veja. Não distingue qualquer forma. Mas, quando se mexe, as formas são evidentes e descodificamos o “copo de Rubin”. Se a imagem não estivesse em movimento, não teríamos visto nada.
Para além de “Shape from motion only”, o concurso contava com inúmeras ilusões absolutamente incríveis. Veja três das concorrentes ao prémio de melhor ilusão ótica do ano e o vídeo completo da vencedora.
“Sky Blue Café Wall Illusion”
Descrição do autor: “as linhas azuis escuras parecem inclinadas? Surpresa! Estão completamente direitas e em filas paralelas. As linhas parecem inclinadas devido aos contrastes e às variantes de luz e cor assim como aos ângulos variantes dos ‘diamantes’ nas interseções”.
“Dynamic Muller-Lyer Illusion”
“Esta ilusão prova que um segmento pode parecer visualmente maior ou menor dependendo do sentido da seta nas suas extremidades”.
“TILLA at the beach”
A filha do autor estava a desenhar o seu nome, Tilla, na areia, com um pau. Joel Ydring teve a ideia de explorar a profundidade, usando simplesmente a câmara do telemóvel.
E, por fim, a proposta vencedora.
“Shape from motion only”