O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta segunda-feira, em Bruxelas, que o Governo português transferirá a sua representação diplomática em Israel de Telavive para Jerusalém no “exato dia” em que transferir também para esta cidade a representação na Palestina.

“O Governo português ficará extremamente feliz no dia em que puder reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel, transferindo a sua representação diplomática em Israel de Telavive para Jerusalém, porque esse será o exato dia em que Portugal poderá reconhecer Jerusalém como capital do Estado da Palestina e transferir a sua representação diplomática na Palestina de Ramallah para Jerusalém Ocidental”, declarou Augusto Santos Silva.

O ministro falava à margem de uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, antecedida de um pequeno-almoço informal com o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiro israelita, Benjamin Netanyahu, que desafiou os Estados-membros da UE a seguirem o exemplo dos Estados Unidos e transferirem as suas embaixadas para Jerusalém.

Santos Silva reiterou que, “do ponto de vista europeu e do ponto de vista português, a cidade de Jerusalém pode bem ser a capital dos dois Estados”, o que, de resto, parece “constituir a única possibilidade real, pacífica e duradoura para um desenlace positivo do atual diferendo israelo-palestiniano”.

“Portanto, o que nós criticamos na decisão norte-americana é o facto de ela ser tomada sem haver qualquer negociação em curso e muito menos sem haver qualquer entendimento sobre a solução dos dois Estados e sobre a redefinição do estatuto da cidade de Jerusalém”, apontou.

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