Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) não têm poupado esforços. As sanções – sobretudo económicas – impostas à Rússia sucedem-se, devido ao papel que o país desempenhou na anexação da península da Crimeia, no leste da Ucrânia. Na terça-feira, porém, Vladimir Putin, presidente russo, revelou que já estão a ser “formuladas” medidas de “retaliação” contra as sanções ocidentais.

O líder russo deixou essa garantia aquando de um encontro com Alexey Gordeyev, governante de Voronej, cidade localizada cerca de 640 quilómetros a sul de Moscovo, capital do país. “Dei ordens para que as medidas sejam formuladas”, assegurou Putin, citado pela Itar-Tass, uma agência de notícias russa.

O presidente do país, contudo, não especificou o tipo de medidas em causa, criticando apenas que “instrumentos de pressão política na economia” são “inaceitáveis e contradizem todas a regras e normas”. Putin, aliás, insistiu que “o governo russo já propôs várias medidas de retaliação contra as chamadas sanções de alguns países”.

No final de julho, por exemplo, a UE proibiu oito pessoas e três empresas – ligadas, na sua maioria, ao Rossiya, a maior instituição bancária da Rússia – de viajarem no espaço comunitário dos 28 estados-membros. Dias depois, e já em parceria com os EUA, foram decretadas mais sanções aos setores financeiro, energético e da defesa russos. As medidas focaram-se no bloqueio das exportações de certos produtos para o país.

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Vladimir Putin sublinhou que as medidas de retaliação russas terão que ser feitas de um modo “bastante eficaz para apoiar os produtores domésticos e não prejudicar os consumidores”. O presidente russo vincou que, de acordo com as “leis” da Organização Mundial de Comércio, “os produtores de vários países deveriam operar no mesmo ambiente competitivo”.