Foi um pedido de aumento de ordenado – geral. Tyrel Oates, um colaborador da Wells Fargo, empresa norte-americana que presta serviços financeiros, enviou um e-mail para o presidente John Stumpf e para as mais de 200 mil pessoas que trabalham na empresa a pedir mais dinheiro para os trabalhadores no final do ano: 10 mil dólares (7,9 mil euros), segundo a MarketWatch.

A forma como se distribuem os lucros também foi um dos assuntos que Oates abordou no e-mail. Mais lucros para os colaboradores, pediu. Trabalham 263.500 pessoas na Wells Fargo. Num comunicado emitido depois, a empresa disse que “fornecia compensações competitivas, “que combinam um vencimento base com um leque de outros benefícios e oportunidades de desenvolvimento de carreira para os membros da equipa”. Terá sido um redondo ‘não’?

No e-mail, o colaborador destaca os lucros reportados pela empresa no segundo quadrimestre do ano, no valor de 5,7 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) e receitas, que atingiram 21,1 mil milhões de dólares (16,65 mil milhões de euros). A proposta de Oates era a seguinte: agarrar em três mil milhões de dólares e aumentar o vencimento de cada colaborador em 10 mil dólares por ano. Seria apenas “uma pequena fração do que a Wells Fargo capta anualmente”, escreveu.

“Com isto a Wells Fargo consegue não só ajudar a tornar as pessoas e respetivas famílias mais felizes, produtivas e financeiramente estáveis, como também pode mostrar ao resto dos Estados Unidos da América, e talvez ao mundo, que, sim, as grandes empresas podem ter um coração, em vez de [se limitarem] a tentativas filantrópicas”, escreveu.

Numa nota post scriptum, disse aos colegas que todos fazem parte do sucesso da empresa e que se devem manter unidos. Oates trabalha na empresa há cerca de sete anos e recebe 15 dólares por hora mais horas extra.

No ano passado, John Stumpf sofreu um corte no vencimento de 15%, tendo recebido 19,3 milhões de dólares em salários e bónus.

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