O presidente do grupo Transcoura, Paulo Alves, explicou hoje à Lusa que a empresa, da área dos transportes de mercadorias e pré-fabricados, com sede naquele concelho do distrito de Viana do Castelo, instalou-se em 2007 em Angola, juntamente com parceiros locais.

A Transcoura Angola fatura anualmente mais de três milhões de euros, nomeadamente através do transporte logístico, com cerca de vinte pesados que operam de Luanda para todo o país. Contudo, a área das dos pré-fabricados, que também desenvolve em Portugal, tem vindo a crescer e a empresa já fornece entidades públicas angolanas e Organizações Não-Governamentais (ONG).

“Conseguimos criar uma aldeia ou uma vila totalmente autónoma, independentemente de haver energia elétrica ou não”, explica Paulo Alves.

Estes módulos pré-fabricados, com 15 metros quadrados cada, podem ser acoplados para formarem casas, escolas, clínicas e até pequenos hospitais, num sistema que garante ainda o tratamento de água e fornecimento elétrico.

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“Imagine o que é estar longe de tudo, sem energia para ter um frigorífico e manter as vacinas em bom estado. É isto que estamos a fazer”, assegura.

Como projetos mais emblemáticos apresenta os das clínicas, cantinas e dormitórios que o grupo já instalou em Sumbe (província do Cuanza Sul) e no Soyo (Zaire), soluções autossuficientes que são mais rápidas de implementar e acessíveis, financeiramente.

“Também temos fornecido para a polícia e para o exército”, refere Paulo Alves.

O administrador da Transcoura afirma que a empresa já instalou em Angola cerca de um milhar destes módulos, de produção e montagem própria, negócio que já estão a expandir para Moçambique.

“Angola tem sido um pouco a continuidade do grupo”, assume, face à contração do mercado português.