O Canal Odisseia estreia dia 29 a produção “Anos de Viver Perigosamente”, premiada com o Emmy para a Melhor Série Documental de 2014 e que recorre a personalidades de renome para mostrar os impactos das alterações climáticas.

O recurso a atores como Harrison Ford, Matt Damon, Michael C. Hall, entre outros, resulta da intenção de combater este fenómeno “de uma forma completamente inovadora”, através de uma história dramática, “que agarre e faça com que as pessoas aprendam”, declarou hoje, na apresentação em Madrid, o editor, escritor e produtor do documentário, Adam Bolt.

Na ocasião, o produtor acrescentou que se quis transmitir a mensagem de que as alterações climáticas são “um problema que afeta as pessoas e as afeta agora”.

Neste sentido, os nove capítulos do “Anos de Viver Perigosamente”, produzido por James Cameron, entre outros, são conduzidos por diferentes atores e jornalistas de reconhecido prestígio, que não foram escolhidos “por terem uma cara bonita”, esclareceu Bolt, mas “por serem pessoas que já estavam comprometidas com estas causas”.

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Além dos mencionados Ford, Michael C. Hall e Damon, também vão participar os atores Arnold Schwarzenegger, Jessica Alba, Don Cheadle (“Hotel Rwanda”), Ian Somerhalder (“Perdidos”), Olivia Munn (“The Newsroom”), America Ferrera (“Betty”) e os jornalistas norte-americanos Lesley Stahl, Thomas L. Friedman, Chris Hayes e Mark Bittman.

O último episódio conta com uma entrevista de Friedman, que já ganhou três prémios Pulitzer, a Barack Obama, “a primeira que [o presidente dos EUA] concede a um jornalista para falar das alterações climáticas”, sublinhou Bolt.

Em antecipação do primeiro episódio, o editor relatou como Harrison Ford, que passou uma semana na Indonésia, a documentar a desflorestação que afeta o país, conseguiu uma entrevista com o ministro com a pasta das florestas do país, o qual, esperando fazer uma fotografia na companhia do ator, “se deparou com uma pessoa muito bem documentada que lhe fazia pergunta muito difíceis”.

Egito, Iémen, Síria, Chile e Bangladeche são alguns dos países onde o documentário foi rodado, durante mais de um ano e meio.