O concerto de Mísia, na segunda-feira, em Bremen, na Alemanha, no âmbito do festival de Fronteira (An Die Grenze das Festival), está esgotado, anunciou a organização.

“Apresento-me em Bremen com um repertório especial, em que cantarei fado e ‘lieder’, de Franz Schubert, com os meus músicos e a Filarmónica de Bremen”, disse Mísia à Lusa.

A primeira parte do concerto, explicou, é um “Tributo a Amália Rodrigues”, no qual a intérprete de “Garras dos sentidos” é acompanhada pela Orquestra Filarmónica de Bremen, dirigida pelo maestro Markus Poschner.

“Enrique Ugarte fez especialmente os arranjos para os seis fados ‘amalianos’ que escolhi”, disse a intérprete.

“O espetáculo denomina-se ‘Mísia e os seus Poetas’, e serei acompanhada pelos meus músicos, Bernardo Couto, na guitarra portuguesa, Daniel Pinto, na viola, Luís Cunha, no violino, e Pedro Santos, no acordeão”.

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Mísia, distinguida com o Prémio Amália Internacional em 2012, irá também interpretar “lieder”, de Schubert, em que será acompanhada pela orquestra dirigida por Markus Poschner, à qual se associa Bernardo Couto.

No ano passado, Mísia editou o álbum “Delikatessen Café Concerto”, e gravou já vários fados de Amália Rodrigues, fadista falecida em outubro de 1999.

Mísia tem participado em várias homenagens à criadora de “Havemos de ir a Viana”, nomeadamente em 2012, no Panteão Nacional, em Lisboa. Nessa altura, em declarações à Lusa, defendeu a contemporaneidade do legado de Amália Rodrigues que, “durante décadas, esteve presente nas programações dos melhores palcos do mundo”.

“Amália nunca vai morrer. Pelo contrário, ela torna-se mais contemporânea através da sua obra e da sua influência cultural e musical nas novas gerações”, disse a fadista à Lusa.

“Eu sinto – prosseguiu Mísia – que o mito ‘amaliano’, foral e universal, tem de facto uma força que o tempo reafirma”.

“Lavava no rio lavava” e “Amor de mel, amor de fel” são dois dos temas do repertório ‘amaliano’ que Mísia já gravou.

No final do mês, a fadista atua na sala Gazarte, em Atenas.