O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou este domingo os ataques de sábado em Copenhaga, Dinamarca, que causaram dois mortos e cinco feridos, e apelou à defesa da liberdade de expressão e à tolerância.

Para Ban Ki-moon, “não há nenhuma justificação para ataques contra civis”, salientando, em comunicado, a “necessidade de defender com força a liberdade de expressão e a tolerância”.

“Não há lugar para o antissemitismo e outras formas de discriminação racial, étnica ou religiosa no mundo de hoje”, frisou.

O responsável transmitiu também a sua solidariedade ao povo e às autoridades dinamarquesas e assinalou que os seus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias.

As autoridades dinamarquesas mantêm o estado de alerta em Copenhaga, um dia depois de duas pessoas terem morrido e cinco polícias terem ficado gravemente feridas na sequência dos atentados num centro cultural e junto de uma sinagoga.

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Na madrugada de domingo a polícia abateu o alegado autor dos tiros, um indivíduo que já estava a ser seguido pelos serviços de inteligência.

O primeiro tiroteio em Copenhaga ocorreu durante a tarde de sábado num centro cultural em que se realizava um debate sobre a liberdade de expressão, para o qual estava convidado o artista sueco Lars Vilks, que vive há anos sob proteção policial devido às ameaças de grupos islâmicos depois de desenhar Maomé como um cão.

O segundo ataque foi às portas de uma sinagoga em que se realizava uma cerimónia de “bar mitzvá” (que assinala a maioridade religiosa judaica) e em que morreu um jovem desta comunidade que fazia parte da segurança do centro.