O juiz de Madrid Enrique de la Hoz ordenou esta sexta-feira o congelamento de todas as contas e produtos financeiros do antigo vice-primeiro-ministro espanhol. Rodrigo Rato foi detido durante sete horas, esta quinta-feira, enquanto a sua casa e escritório eram alvo de buscas. Está acusado de fraude, branqueamento de capitais e ocultação de bens.

O magistrado envolvido no caso enviou um requerimento a todas as entidades financeiras para bloquear depósitos, fundos mútuos e de pensões e contas bancárias que tenham como titular Rodrigo Rato, explica o espanhol La Vanguardia. Segundo fontes da agência noticiosa EFE, o magistrado exigiu também o histórico dos movimentos das respetivas contas.

Rodrigo Rato, que foi chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e presidente do banco espanhol Bankia entre 2010 e 2012, declarou esta sexta-feira à EFE que não detém qualquer sociedade “nem num paraíso fiscal nem, sequer, fora da União Europeia”. Os investigadores da unidade de informações financeiras agiram de modo a prevenir o branqueamento de capitais, depois de terem detetado movimentos entre as sociedades de Rato após a fiança do caso Bankia.

A detenção a 16 de abril acontece depois de saber-se que Rato, do Partido Popular (PP), beneficiou da chamada amnistia fiscal aprovada pelo executivo de Mariano Rajoy, em 2012, como conta o El País. Desde então, passou a figurar entre as 705 pessoas a serem investigadas por possível comissão num crime de branqueamento de capitais, através do Serviço Executivo de Prevenção e Branqueamento de Capitais (Sepblac, em espanhol).

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