A medida de coação aplicada pelo juiz Carlos Alexandre a Paulo Pereira Cristóvão foi revista esta quarta-feira. O ex-inspetor da Polícia Judiciária e antigo vice-presidente do Sporting troca a prisão preventiva pela domiciliária. E vai para casa com pulseira eletrónica.

Paulo Pereira Cristóvão está indiciado por um crime de roubo qualificado, três crimes por sequestro e um por associação criminosa, num processo que envolve assaltos à mão armada nas zonas de Lisboa e Setúbal. Além do ex-vice presidente do Sporting, também ficou em prisão preventiva ‘Mustafa’, um dos elementos da claque Juventude Leonina.

De acordo com o que fonte da PJ tinha avançado ao Observador, Pereira Cristóvão e ‘Mustafa’ teriam passado informações aos assaltantes de pessoas que seriam eventuais alvos: pessoas com muito dinheiro e muitos bens em casa. A sua detenção ocorreu no âmbito de uma investigação que, em julho de 2014, já tinha detido 12 pessoas, incluindo três polícias.

Pereira Cristóvão, de 45 anos, iniciou a carreira na PJ como segurança, mas passou a inspetor. Em novembro de 1990, entrou para os quadros, de onde saiu no início de 2007, para fundar uma empresa de consultoria e investigação. Foi ele um dos envolvidos no “caso Joana”, que incidia sobre o desaparecimento de uma menor no Algarve.

Entre 2011 e 2013, foi vice-presidente do Sporting, no mandato de Godinho Lopes. Ainda chegou a concorrer à presidência do clube, mas perdeu as eleições para José Eduardo Bettencourt. Além destes crimes, Pereira Cristóvão também está a ser julgado num caso que envolve o árbitro auxiliar José Cardinal e está acusado de burla qualificada, peculato, devassa por meio informático, acesso ilegítimo e denúncia caluniosa agravada, segundo a agência Lusa.

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