O relatório final do júri confirmou a vitória do grupo espanhol Avanza no concurso para a concessão da Metro e da Carris. Depois de recolhidos os comentários dos restantes concorrentes, a pontuação manteve a Avanza em primeiro lugar, graças ao preço mais competitivo proposto para a prestação do serviço de transportes públicos na capital. Os concorrentes já foram notificados desta decisão.

Segundo adiantou Rui Loureiro, o presidente da Transportes de Lisboa, empresa responsável pelas duas subconcessões, a adjudicação ainda terá de aguardar pela luz verde da Autoridade da Concorrência antes de o contrato ser assinado e outras formalidades, o que poderá ainda acontecer este mês. A Avanza tem algumas operações em Portugal, mas de escala mais reduzida, em cidades como Vila Real e Covilhã.

Mas mesmo depois de assinado o contrato de adjudicação, a entrega da gestão ao grupo privado pode produzir efeitos depois do visto prévio do Tribunal de Contas. O órgão liderado por Guilherme de Oliveira Martins ainda só recebeu um contrato para visto prévio, o do Metro do Porto, que ainda está a analisar, depois de ter feito várias perguntas à futura concessionária.

A Avanza vai receber 1075 milhões de euros de receita nos oito anos de concessão, 134 milhões por ano, que resultarão das receitas com tarifas. A concedente, a Transportes de Lisboa, assegura cerca de 1713 milhões de euros. O governo espera poupar 25 milhões de euros por ano, que resulta do não pagamento da indemnizações compensatória para a prestação do serviço público. O Estado deixou de pagar estes subsídios à exploração este ano, mesmo com a gestão ainda pública dos transportes públicos.

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