Um dos maiores porta-contentores do mundo atracou hoje pela primeira vez no Porto de Sines, o único em Portugal com capacidade para o receber, numa viagem inaugural que representa “um marco simbólico” para a MSC Portugal.

“É mais um marco simbólico”, disse à agência Lusa Carlos Vasconcelos, presidente da MSC Portugal, destacando que se trata do primeiro navio com estas dimensões a atracar em Portugal.

Tendo como destino o Extremo Oriente, o MSC Zoe, como foi batizado pela Mediterranean Shipping Company (MSC), partiu, numa viagem inaugural, de Hamburgo, na Alemanha, para a Antuérpia, na Bélgica, passando a integrar o serviço do armador suíço, entre a Ásia e o norte da Europa.

O novo navio permite um “aumento da capacidade de trabalho”, adicionando mais cerca de 5 mil TEU (unidade de medida equivalente a um contentor de 20 pés) ao maior navio da MSC já recebido no Porto de Sines até agora, podendo, na rota em que está integrado, fazer até seis viagens por ano de ida e volta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Com 395,4 metros de comprimento, 59 metros de boca e capacidade para 19.220 TEU, este é o terceiro navio da MSC com estas dimensões a navegar os mares, de “um total de vinte” que estão encomendados, adiantou Carlos Vasconcelos.

Até hoje, o maior navio que já tinha feito escala em Sines, no terminal de contentores, tinha uma capacidade de cerca de 14 mil TEU.

Além de Sines, “poucos portos na Eutopa têm condições para receber navios deste porte”, destacou o responsável da MSC Portugal, lembrando que Hamburgo, na Alemanha, Roterdão, na Holanda, Antuérpia, na Bélgica, e Algeciras, em Espanha, são algumas das infraestruturas portuárias onde porta-contentores destas dimensões podem atracar.

Os novos navios porta-contentores da MSC têm sido batizados com nomes da nova geração da família do fundador da armadora, Gianluigi Aponte, sendo Zoe uma das netas.

“O MSC Zoe, MSC Oscar e MSC Oliver são navios da mesma classe, transportando mais contentores que qualquer outro navio, sendo também mais amigos do ambiente e com uma maior eficiência de combustível”, explicou a armadora suíça num comunicado enviado à Lusa.