O antigo capitão do Futebol Clube do Porto, João Pinto, não ficou na memória dos portugueses pelos extraordinários dotes futebolísticos — tinha pulmão e raça, pouco mais — mas antes por uma série de tiradas humorísticas involuntárias (leia-se gaffes) que ainda hoje são reproduzidas sempre que a ocasião exige ou permite. Exemplos? Chutar com pé que se tem mais à mão, dar um passo em frente à beira do precipício ou, a rainha de todas elas, fazer prognósticos só no fim do jogo. Fixemo-nos nesta última.

A prudência que levou o incansável campeão europeu de 1987 a responder dessa forma a um jornalista que lhe pedia o palpite para determinada partida foi boa conselheira. Tivessem outros seguido o seu exemplo e este artigo não teria razões para existir, muito menos para ser lido. As 40 previsões da fotogaleria não saíram furadas nem ao lado. Saíram fora de órbita, completamente trespassadas pela espada do tempo. E é precisamente isso que as torna hilariantes.

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