Mais de um quarto das escolas do 1.º Ciclo (27,45%) obteve média negativa nos exames de português e matemática realizados em maio pelos alunos do 4.º ano de escolaridade, segundo dados do Ministério da Educação.
Num universo de 3.832 escolas, 1.052 (27,45%) registaram média negativa e 2.780 (72,55%) alcançaram a positiva, sendo considerados para estes resultados apenas os estabelecimentos de ensino que realizaram 10 ou mais exames no ano letivo 2014-2015.
Os resultados globais melhoraram em relação ao ano anterior, em que 44,16% das escolas estava em média negativa.
No topo da tabela elaborada pela agência Lusa a partir da base de dados do Ministério da Educação, encontra-se um estabelecimento privado e duas escolas públicas.
O primeiro lugar é ocupado, à semelhança do ano anterior, pelo Externato Menino Jesus, em Coimbra, que obteve uma média de exame de 4,44 em 16 provas e uma média interna (resultante da avaliação contínua) de 4,81.
Na segunda posição, surge a Escola Básica de Agrolongo, em Guimarães, onde a média de exame foi de 4,43, num total de 14 provas. A média interna situou-se em 3,79. Segue-se a Escola Básica Integrada de Salgueiro, no Fundão, com 10 provas e médias de 4,4 em exame e 4 interna.
As classificações neste nível de ensino são atribuídas numa escala de 1 a 5, sendo positivas a partir de 3 (inclusive). As provas de final de ciclo no ensino básico têm uma ponderação de 30% na nota final do aluno, à semelhança dos exames do ensino secundário.
O parlamento aprovou em novembro o fim dos exames do 4.º ano, com os votos favoráveis do PS, do PCP, do BE, do PEV e do PAN. PSD e CDS-PP votaram contra. Os exames do 4.º e do 6.º ano foram criados por Nuno Crato quando assumiu a pasta da Educação no governo de coligação PSD-CDS eleito em 2011, com a intenção de elevar o nível de “rigor e exigência” no sistema de ensino.
No ano em apreço, os últimos lugares da tabela relativa ao 4.º ano cabem a escolas públicas de Castelo Branco, Lisboa e Setúbal, com médias de exame que variam entre 1,5 e 1,74.