Dada a conhecer em 2013, a actual geração do Audi A3 recebeu, já este ano, a sua primeira actualização, que agora chega a Portugal. Verdadeiro “bestseller” da marca dos quatro anéis na Europa, o A3 segue as pisadas do “irmão maior”, o A4, optando, tal como este, por uma espécie de evolução na continuidade, em detrimento de qualquer revolução – estilística, e não só.

Audi A3 Sedan

Assim, novidades em termos estéticos, no exterior, só mesmo a grelha Singleframe mais larga, os pára-choques redesenhados e as ópticas dianteiras mais afiladas e marcantes. Estas últimas, em Xenon, de série, ou então em Matrix LED com piscas dinâmicos incluídos, como opcional. Já na traseira, novos farolins e um pára-choques igualmente redesenhado, a que se juntam jantes com dimensões que vão das 16 às 19”, e uma maior oferta em termos de cores exteriores (12), acabam contribuindo para um “look” mais desportivo e até agradavelmente agressivo. Isto, independentemente da carroçaria escolhida.

Audi A3

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Sem alterações no capítulo técnico e mantendo a mesma plataforma, o novo A3 mantém inalterados aspectos como a superior qualidade de construção e de materiais, a excelente posição de condução (com banco a poder incluir também função de massagem), a boa habitabilidade (mais vocacionada para quatro ocupantes, devido a um túnel de transmissão saliente) e a agradável capacidade de carga na bagageira – 385 litros é o valor anunciado à partida, mas pode chegar aos 1.100 litros, mediante o rebatimento 40:20:40 das costas dos bancos traseiros.

Audi A3 Sedan

Verdadeiramente novo, só o reforçar da oferta em termos de novas tecnologias. A começar pela possibilidade de inclusão do Audi Virtual Cockpit, painel de instrumentos de 12,3” totalmente digital e configurável (basta pressionar o botão ‘View’ colocado no volante) já conhecido de outros modelos, como o A4, o Q7 ou o TT. O sistema de info-entretenimento MMI foi reformulado e, a partir de agora de série em toda a gama, conta com ecrã de 7″ e menu redesenhado, além de botão rotativo, correctamente posicionado logo atrás da manche da caixa de velocidades.

Audi A3

Audi Virtual Cockpit

Por outro lado, o A3 passa a poder a ter um cartão SIM permanentemente ligado, tornando-se, graças a uma ligação ultra-rápida (LTE) à Internet, um verdadeiro “hotspot” para “smartphones”, “tablets” e equipamentos do género – e, assinale-se, de acoplamento muito fácil.

Já no domínio da ajuda à condução e segurança, o destaque vai para a evolução do Audi active lane assist, que não só avisa, como actua inclusivamente sobre a direcção. De referir também o Jam Assist que, em conjunto com o Cruise Control Adaptativo (com sistema de paragem e arranque automático) e a caixa automática S Tronic, oferece condução autónoma, mesmo que por breves instantes e a velocidades abaixo de 60 km/h. Igualmente a destacar, o Audi pre sense frontal com reconhecimento de peões e travagem de emergência, que, em caso de embate iminente, consegue imobilizar o carro sem intervenção do condutor; e ainda o Cross traffic assist rear, sistema que interrompe automaticamente a marcha-atrás, em caso de aproximação repentina de um veículo de um dos lados.

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No que se refere a motores, as surpresas ficam-se apenas pela gasolina, com a introdução de dois novos blocos – 1.0 TFSI de 115 cv e 2.0 TFSI de 190 cv –, a juntar aos já existentes 2.0 TDI de 150 e 184 cv, e ao ainda mais famoso 1.6 TDI de 110 cv. São todos eles Euro 6 e estão acoplados de fábrica a caixas manuais de seis velocidades.

A excepção é o 2.0 TFSI destinado ao mais radical S3, bloco que viu a sua potência subir 10 cv (310 cv) e que, além da ajuda de um sistema quattro, conta igualmente de série com a recentemente renovada caixa automática S tronic de sete relações. Mercê das acelerações de cortar tão ou mais a respiração quanto os consumos – ainda para mais acompanhadas de uma eficácia no comportamento que quase nos leva a acreditar que nada nem ninguém nos fará parar (só, talvez, a polícia, a crer na facilidade com que vai dos 0 aos 100 km/h, em não mais que 6,7 segundos) –, este S3 continua a ser a proposta que mais nos incita a desfrutar da condução até à última gota de combustível.

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Mas não deixa de ser importante salientar que a maior surpresa veio não deste enorme propulsor, mas do A3 equipado com o pequeno tricilíndrico de apenas 1,0 litro (1.0 TFSI). Com os seus 116 cv de potência e 200 Nm de binário, este bloco revelou uma alma e uma disponibilidade suficientes para garantir uma utilização muito agradável no dia-a-dia. Impressão para a qual terá contribuído, no caso da unidade por nós testada, uma hiper-competente caixa automática S tronic. Oferecendo, acelerações agradáveis (9,7 segundos dos 0 aos 100 km/h), com consumos não menos positivos (6,4 litros foi a média por nós alcançada), é de elogiar a desenvoltura revelada por este 1.0 TFSI, ainda para mais com uma sonoridade quase imperceptível, não se atemorizando sequer com os 1150 kg de peso que o conjunto exibe.

Em síntese, o desempenho dinâmico do A3 continua em alta, sem alterações de maior face ao já conhecido. Passa, essencialmente, por oferecer ao condutor estabilidade, segurança, mas também eficácia – argumentos que, facilmente, marcam pontos em qualquer tipo de utilização. Pode consultar todos os preços aqui e especificações técnicas aqui.