A VIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do grupo BRICS, constituído pela Rússia, Brasil, Índia, China e República da África do Sul, destacou este domingo o “progresso” da economia global, apesar de mais “fraco” do que esperado.

“Encontramo-nos num momento em que a recuperação da economia global progride, mas o crescimento é mais fraco do que o esperado”, lê-se na declaração final da cimeira, que foi assinada no Estado de Goa, no oeste da Índia.

Os BRICS destacaram que por detrás do tímido crescimento estão “os persistentes riscos para a economia global”, como os conflitos regionais, o terrorismo, as movimentações de refugiados ou a incerta situação no Reino Unido, depois de ter decidido retirar-se da União Europeia, noticia a Efe.

Na declaração, os BRICS sublinham a importância da “solidariedade e cooperação” entre os países do grupo, baseada em “interesses comuns”.

O documento foi rubricado pelo anfitrião, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e os Presidentes brasileiro, Michel Temer, russo, Vladimir Putin, chinês, Xi Jinping, e o sul-africano, Jacob Zuma.

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Os estadistas insistiram também na necessidade de dar passos concretos para que os países em vias de desenvolvimento tenham maior capacidade de representação

Entre os passos a dar, pediram que os países europeus cumpram a promessa de ceder dois assentos no órgão executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A reforma do FMI deveria fortalecer a representação e a voz dos membros mais pobres do Fundo, incluindo a África subsariana”, afirmam na declaração final.

Esta inclusão foi igualmente exigida para a Organização Mundial do Comércio (OMC), à qual o grupo apelou a um funcionamento “transparente e não discriminatório”, tendo mostrado o seu apoio a um sistema de comércio multilateral, além dos mecanismo regionais.

Outro ponto da declaração final da cimeira dos BRICS é a condenação total “do terrorismo em todas as suas formas e manifestações”, uma posição impulsionada por Nova Deli.