A primeira-ministra britânica, Theresa May, avisa os críticos da saída da União Europeia que o Reino Unido poderá perder poder negocial com os parceiros europeus se o processo se arrastar além do prazo definido por May, isto é, março do próximo ano. Se o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que desencadeia a saída da UE em dois anos, não for ativado até março, será mais difícil obter um bom acordo para a saída. Daí que May lance o repto a quem defende a permanência: “aceitem aquilo que o povo decidiu”.

A declaração de Theresa May surge na sequência da decisão do Alto Tribunal de Justiça, que deliberou que o Parlamento tem de ser consultado antes de ser ativado o artigo 50. O governo vai recorrer da decisão, para tentar evitar algo que poderia complicar (pelo menos, atrasar) o processo de saída da UE.

Citada pelo Financial Times, Theresa May disse a partir da Índia que o objetivo do governo é cumprir a decisão do povo britânico. “O resultado foi claro. Foi legítimo”, afirmou Theresa May.

A primeira-ministra britânica defende que cumprir a vontade expressa no referendo de 23 de junho passa por “cumprir o plano traçado e o calendário previsto”. Além disso, May defende que um debate no parlamento poderia equivaler a “colocar as cartas todas sobre a mesa”, algo que “não corresponde ao nosso interesse nacional e não nos ajudará a obter o melhor acordo possível para o Reino Unido”.

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