O Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (Sitava) convocou uma greve de três horas na Groundforce a 05 de dezembro, para contestar o impasse que se vive na empresa de assistência em terra nos aeroportos.

Em declarações à Lusa, o coordenador do Sitava, Fernando Henriques, explicou que a concentração dos trabalhadores da empresa – que decorrerá durante o período de greve – será em frente à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), porque o presidente, Luís Ribeiro, “está a condicionar toda a atividade da Groundforce”.

“As negociações para a renovação do contrato da Groundforce com a TAP já deviam ter começado. A cada dia que passa os trabalhadores ficam mais intranquilos, porque não se concretizam as perspetivas de futuro”, explicou o dirigente sindical, referindo que o contrato em vigor se extingue a 31 de julho de 2017 e “em condições normais as negociações começam um ano antes”.

O Sitava acusa o Governo de nada fazer, escudando-se na falta de decisão da ANAC sobre a reversão da privatização, em que o Estado volta a ficar com 50% do capital do grupo TAP.

“A ANAC vai alargando os prazos e isso vai deixando o futuro da Groundforce em suspenso. Agora diz-se que a decisão só chegará em 2017. De caminho estamos a seis meses do final do contrato e nada foi feito”, sustenta.

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O receio do Sitava aumenta pelo facto de um dos novos donos da TAP, Humberto Pedrosa, integrar, através da Barraqueiro, um consórcio que está a concorrer a uma nova licença no ‘handling’.

“A situação não nos deixa tranquilos. Bastava uma manifestação de Humberto Pedrosa, acionista maioritário da TAP, na renovação do contrato [de prestação de serviços em terra] com a Groundforce”, acrescentou.

A concentração e plenário de trabalhadores da Groundforce estão convocados para as 11:00, em frente às instalações da ANAC, nas imediações do aeroporto de Lisboa.