O Piolho Sabe Que

De Mathis e Aurore Petit (Orfeu Negro)

Pequeno como o seu protagonista, O Piolho Sabe Que é um livrinho que promete fazer rir os mais pequenos, ao mesmo tempo que os obriga a saltar de folha em folha e a andar para trás e para a frente, para ver todas as ilustrações com outros olhos. Com texto do francês Mathis e desenhos coloridos de Aurore Petit, a história anda à volta de um piolho que julga saber tudo — que as ovelhas são brancas, os peixes têm escamas ou os pássaros voam no céu — mas na verdade não sabe nada.

9,90€

A Bola Amarela

De Daniel Fehr e Bernardo P. Carvalho (Planeta Tangerina)

A Bola Amarela é um livro-jogo, de forma literal. Logo ao início, as folhas são transformadas num campo de ténis onde o Luís e a Luísa se encontram para um jogo amigável. O problema é quando a bola desaparece na dobra entre as páginas, obrigando os dois amigos a mergulhar no livro para encontrá-la. Para trás e para a frente, numa festa, numa savana e até mesmo no Céu, o leitor não tem outro remédio se não acompanhá-los e ir testemunhando as brincadeiras de Bernardo P. Carvalho com diferentes tipos de ilustração (incluindo a que é feita sobre fotografias a preto e branco e a que recria os antigos gráficos digitais dos videojogos).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

13,50€

O Convidador de Pirilampos

De Ondjaki e António Jorge Gonçalves (Caminho)

Depois de Uma Escuridão Bonita (2012), Ondjaki e António Jorge Gonçalves voltam às “estórias sem luz elétrica” com O Convidador de Pirilampos. Porque a falta de eletricidade — como a que o escritor experenciou em Luanda — ajuda a inventar novas narrativas e, neste caso, a ver o brilho dos insetos que protagonizam o livro. Sempre na penumbra, a história gira em torno de um menino que vive com o avô na Floresta Grande e que se considera um cientista. Para além de fazer inventos — “cada um mais louco que o outro”, como um aumentador de caminhos –, o menino aprendeu a comunicar com os pirilampos através de um código dado pelas suas luzes e a convidá-los para junto de si. Um livro perfeito para os que têm medo do escuro perceberem que, na verdade, o escuro é um cenário perfeito para contar (e não deixar morrer) histórias.

13,90€

Aqui Há Gato!

De Rui Lopes e Renata Bueno (Orfeu Negro)

Uns dentes, um cachecol, uma coroa, um biquíni, um pente ou um piano. Renata Bueno transforma os códigos de barras que tanto vemos no supermercado em coisas completamente diferentes. Esse é, de resto, o espírito da história de Rui Lopes, Aqui Há Gato!: pôr burros a uivar e ratos a rugir para leões, porque tudo pode ser virado de pernas para o ar. A história começa com um rei chamado Dom Chato que gosta de fazer sempre tudo da mesma maneira, até ao dia em que a Dona Cristina, “farta de tanta rotina”, diz “basta!”. Uma lengalenga divertida sobre o poder de fazer diferente, contada com rimas e a três cores. E códigos de barras.

9,90€

Arrumado

De Emily Gravett (Livros Horizonte)

Arrumado conta a história de um texugo que tem problemas em ver qualquer coisa fora do lugar. De tal maneira que um dia chega à conclusão que a Natureza, no geral, está um pouco desarrumada. Por isso decide limpar a floresta inteira. E tanto limpa que quando chega ao fim da missão percebe que já não há floresta em lado nenhum: nem árvores, nem flores, nem animais, apenas pedra e vento. Por sorte, chega à conclusão que voltar a ter tudo como estava é a melhor solução. No fim, Arrumado é uma lição com dois ensinamentos: o primeiro é que nem sempre compensa querer ser muito arrumado; o segundo é que a Natureza tem sempre razão (e os amigos também).

13,90€

CRAC!

De Carmen Chica e Martina Manyà (Orfeu Negro)

Dias cinzentos são dias tristes, mas no bairro retratado em Crac! são também dias que apelam à criatividade. Tudo porque um grupo de vizinhos, farto de ver o céu sempre tão carregado, decide pintá-lo de outra cor. Por unanimidade, decidem-se pelo vermelho. Mas o vermelho traz inúmeros imprevistos e passam para o verde, o cor de rosa, o amarelo… Tantas cores que o céu acaba por fazer “craaac!”. Uma história divertida imaginada por Carmen Chica (que assina outros livros com Manuel Marsol na coleção Orfeu Mini) e pintada — sem poupar nas tintas — por Martina Manyà.

14€

Zoëlógica

De Patrícia Portela (Caminho)

Escrito em diálogo com a filha de sete anos, o primeiro livro infantil de Patrícia Portela desconcerta o leitor em cada página, e não só por ser contado na vertical. “Mãe, sabes quem é que fala com o esqueleto?” ou “mãe, os gansos são as girafas dos patos?” são apenas duas das interpelações de Zoë, firme no propósito de ouvir uma história que ainda não tenha sido inventada. Página a página, em diálogos soltos e sobre os mais variados assuntos, a lógica de Zoë revela-se igual à das crianças que veem o que os adultos já não conseguem. Ou talvez não seja igual à de mais ninguém.

10,90€