O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou veemente os “ataques químicos” contra a população de Douma, em Ghouta oriental, na Síria, assunto que abordou telefonicamente com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, no domingo, e com quem vai coordenar eventuais ações. De acordo com um comunicado da presidência francesa, citado pela agência France Press, os dois líderes “trocaram informações” e as suas análises “confirmam a utilização de armas químicas”.
Macron e Trump “decidiram coordenar as suas ações e iniciativas no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU)” que deverá reunir-se esta segunda-feira em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, acrescenta o comunicado. Os Capacetes Brancos, socorristas em zonas rebeldes, um grupo rebelde e a oposição no exílio acusaram o regime sírio de ter lançado um ataque químico no sábado sobre a cidade de Douma, em Ghouta Oriental, perto de Damasco, fazendo dezenas de vítimas.
O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, desmentiram a responsabilidade das forças governamentais, ao passo que o Presidente norte-americano condenou o “ataque químico sem sentido” e chamou “animal” ao Presidente sírio, Bashar al-Assad. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação pela situação dos civis e afirmou-se “particularmente alarmado” pelo alegado ataque químico.
“O secretário-geral está particularmente alarmado com as alegações de que foram utilizadas armas químicas contra a população civil em Douma”, indicou em comunicado o seu porta-voz, Stéphane Dujarric. Entretanto, nove países pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, sobre o presumível ataque químico.
O pedido da reunião foi assinado por França, Estados Unidos, Reino Unido, Koweit, Suécia, Polónia, Peru, Holanda e Costa do Marfim, precisaram as mesmas fontes.