Um grupo de cientistas afirmou que as áreas na Lua de Júpiter Europa expostas à radiação poderão ter sinais de vida a menos de 20 cm da sua superfície. Este satélite gelado, conhecido por ter um oceano debaixo do seu solo, é considerado um dos locais mais promissores capazes de hospedar vida dentro do nosso sistema solar.

Nos anos 90 a missão Galileu da NASA mostrou fortes indícios de existência de água salgada no subsolo do satélite de Júpiter, debaixo de uma grossa camada de gelo. Europa é conhecida por ter géisers de gelo que “disparam” água a dezenas de quilómetros para o ar, voltando a cair na sua superfície.

Essa água, tal como a nossa, pode conter micróbios e outros produtos químicos diretamente relacionados com a existência vida. É, no entanto, improvável que a vida microbiana sobreviva à breve excursão fora do mundo, quando é expelida pelos géisers.

Europa está  exposta a uma intensa radiação vinda de Júpiter. Esta radiação, segundo o resultado do estudo, corrói a crosta gelada da lua com especial incidência na zona do equador.

Isso não travou, quase 30 anos depois, a NASA de preparar o lançamento da missão “Europa Clipper” no ano de 2022, que terá como objetivos fotografar e analisar com radares, espetrómetros e detetores de plasma a composição da superfície, o oceano e, sobretudo, os materiais libertados para o espaço a partir de seu interior através dos géisers. Fica, para já, excluída a ida de astronautas, a quantidade de radiação naquela lua, faz com que a exploração robótica permaneça a única opção viável.

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