O Júri Nacional de Exames (JNE) considera que o processo de classificação por exames dos alunos está a gerar “descontentamento” entre os professores e, por isso, propõe uma renovação na forma de avaliação, propondo uma atualização dos moldes em que os exames de 2.ª fase está estipulado, segundo o Público.

O JNE afirma que esta forma de avaliação — que se realiza em julho — deve deixar de se destinar aos alunos que pretendam melhorar as notas da 1.ª fase e passar a ser apenas para os que faltaram à 1.ª fase com “razões justificáveis”.

Os professores defendem que esta renovação é necessária porque a situação atual compromete parte dos dias de férias dos professores, e as escolas não estão a assegurar que estes sejam dispensados de outras tarefas durante o período de avaliação. E propõe, por isso, que se proceda a “uma séria reflexão” para a mudança dos normativos que agora regulamentam a criação de bolsas de professores classificadores. Além disto, o Júri aponta para o facto de que voltou a registar-se um aumento do número de alunos que solicitaram a realização de provas de exame adaptadas por terem necessidades especiais, com um peso significativo para os casos de dislexia.

Mas, em resposta a estas proposta, o Ministério da Educação (ME) garantiu que a proposta do JNE não está a ser considerada: “Esta proposta não está a ser analisada na elaboração do calendário do ano que vem. A aplicação do decreto-lei 55/2018 [Flexibilidade curricular] não tem impacto na existência das fases de provas e exames a decorrer em junho e julho”.

Em 2018, foram feitos 115.082 exames na 2.º fase de classificação, cerca de metade dos que foram realizados na primeira fase de exames.

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