Mais de 2.300 jovens com idades entre os 13 e os 15 anos residentes no concelho do Porto já beneficiam do título de transporte gratuito “Porto.13-15”, criado pela autarquia como complemento ao passe Sub13.

Os formulários de adesão começaram a ser distribuídos pelas escolas do concelho no final de junho, tendo, até ao momento, sido emitidos 2.382 passes, revelou esta terça-feira à Lusa a Câmara do Porto.

Questionado pela Lusa, o município salienta, contudo, que só no final do mês de outubro, “com a estabilização do número de títulos emitidos, será possível aferir de forma mais objetiva o impacto financeiro real desta medida”, cujo custo inicial apontado era de um milhão de euros.

A autarquia anunciou, em fevereiro, o alargamento do passe gratuito para os residentes e estudantes até aos 15 anos, estimando, à data, que a medida possa abranger cerca de 8.000 jovens.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, numa reunião do Conselho Metropolitano do Porto, onde explicou que esta medida estava já a ser estudada há algum tempo.

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“A Câmara vai implementar um sistema que permitirá aos seus residentes/estudantes até aos 15 anos não pagar qualquer valor quando se deslocarem em transporte público na cidade. Esta medida que será implementada no Porto junta-se à gratuitidade que deverá ser aplicada até aos 12 anos em toda a rede de transportes publico da Área Metropolitana”, referia um comunicado que foi distribuído durante a reunião daquele órgão.

Na mesma nota, o município sublinhava que, tendo como expectável o impacto positivo da gratuitidade até 12 anos, a autarquia entendeu “ir mais longe, assumindo o alargamento da gratuitidade das deslocações dentro da cidade”.

De acordo com a página oficial da Câmara na Internet, “o Porto.13-15 é um cartão Andante exclusivo do Município do Porto para jovens entre os 13 e 15 anos que permite a utilização gratuita dos transportes públicos integrados no sistema intermodal Andante, num limite de 3 zonas, mediante validação do cartão em todas as viagens”.

Já no âmbito do passe Sub13, criado no âmbito do PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária, foram emitidos na Área Metropolitana do Porto (AMP) 9.964 títulos, 5.516 no mês de setembro e 4.448 até sexta-feira.

Como a Lusa noticiou na segunda-feira, o município do Porto é aquele que concentra o maior número deste tipo de títulos, com um total de 1.317, no conjunto dos meses de setembro e outubro.

Contudo, e mais de um mês e meio após a entrada em vigor do passe Sub13, há ainda cinco dos 17 municípios da AMP em que não foi emitido qualquer título.

É o caso dos concelhos de Arouca, Trofa, Póvoa de Varzim, São João da Madeira e Vale de Cambra, que até sexta-feira – e de acordo com os dados fornecidos à Lusa pela AMP – não contabilizavam a emissão de nenhum passe Sub13, título de transporte gratuito para as crianças entre os 4 e os 12 anos.

Também nos municípios de Espinho (1), Santa Maria da Feira (1), Santo Tirso (7), Oliveira de Azeméis (21) e Vila do Conde (24) o número destes passes emitidos é quase residual, pese embora a medida tenha entrado em vigor em toda a região no início de setembro.

Já nos municípios de Vila Nova de Gaia foram emitidos 1.270 títulos e em Matosinhos 781.

Seguem-se os concelhos de Gondomar (356), Maia (219), Valongo (217) e Paredes (201), onde número de passes Sub13 não chega, mesmo somados, aos mil.

No início de setembro, a AMP reconhecia os “atrasos” nos pedidos de emissão deste título, garantindo, à data, estar “a colaborar de forma a agilizar todo o processo e minimizar eventuais problemas para a população”.

Na altura, aquela entidade acrescentava que, nos casos em que não fosse possível a aplicação deste procedimento, a emissão dos passes Sub13 seria efetuada da forma habitual, através dos pontos de venda Andante a partir de 15 de outubro.