As equipas das Bibliotecas Escolares vão trabalhar em colaboração com os professores para melhorar as aprendizagens dos alunos, mas também para formar a comunidade escolar para o uso de ferramentas tecnológicas.

Estas são algumas das oito prioridades da Rede de Bibliotecas Escolares definidas pelo Ministério da Educação para o próximo ano letivo, segundo uma nota da tutela enviada esta quinta-feira para as redações.

Tendo em conta a atual situação, o ministério decidiu “ajudar as bibliotecas a redefinirem linhas de atuação”, sendo certo que, a partir de setembro, vão trabalhar “de forma colaborativa com os docentes”.

As bibliotecas vão desenhar, em colaboração com as várias estruturas da escola, propostas de trabalho que permitam “reduzir as desigualdades e colmatar o efeito das aprendizagens não realizadas, visando a promoção da igualdade e equidade”, refere o ministério.

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A ideia é ajudar a implementar atividades que contribuam para garantir as aprendizagens essenciais, tais como a capacidade crítica e interventiva dos alunos.

Caberá também às bibliotecas dar formação a alunos, professores e agentes educativos para um acesso eficaz aos recursos físicos e digitais, assim como formar para o uso de ferramentas tecnológicas.

O Governo anunciou recentemente um investimento de cerca de 400 milhões de euros para o programa Escola Digital, que irá dotar as escolas, professores e alunos com computadores, conectividade e licenças.

O Ministério da Educação sublinha esta quinta-feira que será preciso assegurar que, caso a pandemia de Covid-19 obrigue a um regime misto ou não presencial, as bibliotecas devem adaptar as práticas aos diferentes cenários de aprendizagem.

A tutela explica que as bibliotecas terão também de desenhar e implementar um plano que priorize o que se considera relevante, ou seja, os canais a utilizar e os serviços a prestar.

Caberá ainda às bibliotecas a tarefa de atualizar e melhorar o tratamento técnico dos documentos que disponibiliza, assim como “pesquisar, localizar, avaliar, selecionar e partilhar conteúdos digitais relevantes para os diferentes públicos”.

As bibliotecas terão também como missão desenhar e implementar programas que permitam aos alunos conseguir lidar com a informação que existe, ou seja, programas que ensinem a ser capazes de encontrar, validar, selecionar e usar a informação respeitando sempre os direitos de autor.

Além disso, irão continuar a desenvolver ações de promoção das competências e hábitos de leitura e escrita em diferentes formatos e modalidades.

O ME explica que estas prioridades “pressupõem que as Bibliotecas Escolares articulem o seu trabalho com toda a escola, assumindo um papel significativo enquanto instrumento de promoção de melhores aprendizagens”.

O próximo ano letivo começa entre os dias 14 e 17 de setembro, sendo que será um ano com mais aulas.

O Governo quer que o regresso seja presencial, mas admite a possibilidade de um modelo misto ou à distância, tendo em conta a evolução da pandemia de Covid-19.