Os Rockefeller são considerados os americanos mais ricos da história do país, pelo menos desde que em 1870 John Davidson Rockefeller Sr. fundou a Standard Oil Company. John nasceu pobre, mas no auge da sua carreira controlou, durante anos, 90% do mercado petrolífero do país, o que explica a sua imensa fortuna.

A Fundação Rockefeller, hoje com um capital que ronda os 5 mil milhões de dólares, foi criada há 107 anos como forma de a família partilhar com a sociedade parte dos lucros que amealhou no exercício do seu negócio. A filantropia começou logo com o fundador, em 1913, mas os descendentes garantiram sempre que não só se mantinha e sobrevivia às diferentes crises, como os bens da fundação não paravam de aumentar. Estes foram conseguidos graças aos investimentos realizados em petróleo e seus derivados.

Sabe-se agora que a fundação continua a investir fortemente, mas não em combustíveis fósseis, que nos dias que correm não representam mais de 2% do capital investido.

Numa entrevista à CNN, o presidente da fundação, Rajiv Shah, afirmou algo que pode provocar alguma agitação no coração mais empedernido dos amantes da exploração petrolífera: “Queimar combustíveis fósseis já não é necessário para manter a nossa economia e crescimento económico, sendo prejudicial ao futuro do ambiente.” Shah declarou ainda que “faz sentido movermo-nos rumo a um futuro mais sustentável”, para depois concluir que “sabemos que resolver a crise climática é da máxima urgência”.

A Rockefeller Brothers Fund, uma entidade “irmã” da Fundação Rockefeller, comprometeu-se em 2014 a não voltar a investir em carvão e crude, afastando-se dos combustíveis fósseis. Estratégia a que a fundação da família agora aderiu.

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