Poderá ser decidido ainda esta semana o aumento do intervalo de tempo entre a administração da primeira e da segunda dose da vacina da Pfizer em Portugal. Segundo o jornal Público, esta alteração permitiria abranger de forma mais mais rápida uma maior percentagem população.

A Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS), já tinha recomendado em janeiro esta medida mas aquilo que agora está em cima da mesa é algo ligeiramente diferente: ao contrário do que este organismo da DGS tinha referido inicialmente, que o adiamento deveria ser de três semanas (42 dias), a sugestão agora em cima da mesa refere apenas sete dias de adiamento. Para efeitos de contexto convém assinalar que a segunda dose da vacina da Pfizer é dada três semanas após a primeira, a da Moderna é quatro semanas e a da AstraZeneca admite que se possa ir das quatro até às 12 semanas (estas últimas duas já estão também a ser administradas em Portugal).

Apesar de mais conservador, quando comparado com a sugestão de janeiro, este intervalo permitiria que várias dezenas de milhares de portugueses pudessem ser vacinados com a primeira dose, sobretudo idosos com mais de 80 anos — isto até ao final de março. A decisão está neste momento nas mãos da DGS, da task-force e do Infarmed, apesar de ter sempre de ser validada politicamente.

António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, já tinha revelado em entrevista à RTP3 que este adiamento estava a ser analisado pelos especialistas e que a “relação custo benefício” teria de ser ponderada dado que a primeira dose “pode produzir uma eficácia entre os 60 e os 70%”. Ainda são poucos os países que avançaram neste sentido, depois de o Reino Unido ter decidido adiar até às 12 semanas a administração da segunda dose da vacina da Pfizer. Entretanto, os Países Baixos alargaram o intervalo até às seis semanas e a Irlanda ficou-se por mais uma, segundo as informações reportadas ao Centro Europeu de Controlo da Doença no início deste mês.

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