O Comité Olímpico de Portugal (COP) voltou a enviar esta terça-feira uma comunicação ao Ministério da Saúde para perceber se existe algum desenvolvimento no pedido feito para perceber se a Missão nacional que estará presente nos Jogos Olímpicos será ou não colocada na lista de prioritários das próximas fases de vacinação.

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No total, entre Ministério da Saúde e Direção Geral da Saúde, esta foi já a sexta missiva enviada pelo COP desde que teve início a vacinação em Portugal, até por questões logísticas na preparação para Tóquio-2020.

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“Devido ao facto de o plano de vacinação constituir parte do monopólio do Estado, o COP pede para ser esclarecido sobre se é intenção do Governo português que a Missão de Portugal seja previamente vacinada antes da partida para o Japão”, tinha destacado no último mês o órgão liderado por José Manuel Constantino. “Não se conhecem pormenores dos critérios de distribuição dessas vacinas, designadamente para os países em que a vacinação é um monopólio do Estado, mas admite-se que o objetivo seja o de permitir que países e continentes de menores recursos financeiros e logísticos sejam o os principais destinatários dessa vacinas”, acrescentou, tendo como contexto o anúncio da compra de vacinas Sinovac pelo Comité Olímpico Internacional (COI).

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Também no início de março, o presidente do COI, Thomas Bach, tinha enviado uma carta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que pudesse influenciar o Governo português para a vacinação da Missão de Portugal, reiterando o apelo já feito pelo COP às autoridades de saúde e ao Governo.

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De acrescentar que a questão da vacinação das delegações que marcarão presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio está longe de ser consensual entre os 206 países que estarão representados na competição além da equipa formada por refugiados (ou 205, confirmando-se a ausência da Coreia do Norte). Alguns países como Israel, Austrália, Rússia, Bélgica, Coreia do Sul, Hungria ou Roménia já vacinaram ou pretendem vacinar antes do evento os seus atletas, treinadores e demais oficiais que se desloquem a Tóquio, ao passo que outros países como EUA, Canadá, Reino Unido e Itália recusaram a hipótese de serem colocados na lista de prioritários.