Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, voltou a lançar críticas ao governo liderado por António Costa pela forma como tem tratado o desporto durante a pandemia. À margem de uma reunião entre a Direção dos dragões e uma comitiva da CDU constituída pela vereadora e candidata à Câmara Municipal do Porto, Ilda Figueiredo, e o membro da comissão política do PCP, Jaime Toga, o líder dos azuis e brancos lamentou a falta de apoios que os clubes, onde se incluem os portistas, têm recebido e admitiu todos os cenários no futuro.

“O facto de estarmos a agravar a situação é preocupante em termos da saúde geral dos portuenses e dos nortenhos da região. Em termos de FC Porto, quando a pandemia melhora ou está numa situação menos má, não sentimos diferença, os apoios são sempre zero. As facilidades são sempre zero, público sempre zero. Não afeta muito. Estamos numa situação ridícula, ver o presidente da Assembleia da República dizer portugueses para irem em massa ver um jogo da Seleção a Espanha, e os estádios continuam vazios, porque não há permissão…”, começou por apontar Pinto da Costa, não esquecendo o exemplo recente do jogo 4 da final de hóquei em patins.

“O Governo anunciou há dias um terço de lotação, até nas modalidades amadoras, entretanto tivemos um jogo no nosso pavilhão, FC Porto-Sporting, de hóquei em patins, e apesar disso não houve público, porque a DGS não tinha dito como era. O Governo devia demitir-se e pôr a DGS a comandar o país. Fazem uma legislação que entendem correta, mas não é efetiva porque a DGS não disse como vai ser. É um absurdo a raiar o ridículo, que é lamentável. Com mais ou menos pandemia, desejo menos casos, agora o problema é acelerar a vacinação… É indiferente porque apoios ao desporto e aos clubes são sempre zero”, acrescentou a esse propósito.

“Se temo que exista um recuo em relação ao público nos recintos desportivos? Eu temo tudo, quando se segue uma política do absurdo tudo é possível acontecer, por qualquer iluminado do momento”, concluiu o líder dos azuis e brancos, que deixou ainda mais uma farpa mas a propósito da regionalização. “Refiro-me muitas vezes a isso, quase que tenho como parceiro único o PCP. Não vou falar sobre isso porque estamos num local de respeito, que é este museu do FC Porto, e só falo de coisas serias”, atirou a esse propósito.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR