O Governo levantou o cerco em torno da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que tinha por objetivo limitar a circulação para dentro e para fora dessa região entre as 15h de sexta-feira e as 06h da segunda-feira seguinte. A partir deste fim de semana, é possível entrar e sair de qualquer concelho da AML, independentemente do motivo por trás dessa circulação.

O fim do cerco foi anunciado esta quinta-feira na conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros, que atualizou a lista de concelhos de alto risco e as regras em vigor nesses municípios. Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, justificou que o cerco servia para desacelerar a disseminação da variante Delta da região lisboeta (onde era mais prevalente) para outras zonas do país.

Segundo a ministra, como a variante Delta já está “em todo o lado”, não há necessidade de manter o cerco em torno da Área Metropolitana de Lisboa. Esta medida foi anunciada há três semanas, a 17 de junho, e começou a ser aplicada logo no dia seguinte. A restrição foi repetida por mais duas vezes — nos últimos dois fins de semana de julho e no primeiro de julho —, mas não vai ser instituída novamente esta sexta-feira.

Na altura em que a regra foi anunciada, Mariana Vieira da Silva explicou que o propósito deste cerco era garantir que a elevada incidência verificada na AML “não passava para fora” dela: “Dissemos sempre que tomaríamos as medidas necessárias e nunca mais do que isso”, disse a ministra na conferência de imprensa a 17 de junho quando respondia às questões do jornalistas.

Agora, a medida já não foi considerada necessária: “Foi uma decisão tomada para procurar conter a variante Delta nesta região. A variante Delta, neste momento, está espalhada por todo o país e temos esta alternativa de, nos alojamentos e estabelecimento turísticos, podermos ter de uma forma prática uma exigência de certificado de vacinação, de certificado de recuperação, de certificado digital”, justificou a ministra.

Embora o cerco tenha reduzido a circulação para dentro e para fora da Área Metropolitana de Lisboa no horário em que ela foi limitada, os dados analisadas pela consultora PSE demonstraram que os números da circulação semanal “estão praticamente em linha com o volume de tráfego normal de uma semana média na AML”. Ou seja, embora a mobilidade tenha reduzido ao fim de semana, ela aumentou durante os dias úteis.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR