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Graciano na terra do "Costa Jr." para impedir a maioria absoluta de Medina

Este artigo tem mais de 2 anos

O candidato do Chega passou a manhã em Campo de Ourique, em Lisboa, freguesia presidida por Pedro Costa, filho do primeiro-ministro. Ouviu palavras de incentivo e um apelo: "Tragam-me cá o Ventura".

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José Fernandes

José Fernandes

Sol bem forte, 40 minutos de atraso e candidato nem vê-lo. Atraso da praxe, nada dramático, não fosse a manhã quente, quente em Campo de Ourique. A comitiva do Chega, capitaneada pelo candidato à Junta, Pedro Miguel Pinto, aguardava pacientemente a chegada de Nuno Graciano, enquanto trocava umas curtas impressões sobre o debate da véspera. “Estava mais solto, já estava melhor“, avaliavam, sem regatear um elogio aqui e acolá às prestações de Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos) ou de Bruno Horta Soares (Iniciativa Liberal). “O Medina é que é correr com ele“, insurgia-se um dos elementos mais fervorosos da comitiva.

Às 11h43, Nuno Graciano, conduzido por Bruno Mascarenhas, ex-militante do CDS e antigo vogal na direção de Bruno de Carvalho, chega finalmente. Troca umas palavras de circunstância e atira-se para o Mercado de Campo de Ourique, conduzido energicamente por Pedro Miguel Pinto, diligente cicerone que parecia conhecer o nome e apelido de todos com quem se cruzava.

Graciano acompanha o ritmo, ainda mais peixe fora d’água do que espécie autóctone desta coisa chamada campanha política. “Que bela sandwich que aqui está!”, “e estes chernezinhos de que eu gosto tanto!?”, “companheiro, é dos carecas que elas gostam mais“, ia soltando o antigo apresentador. Ser (re)conhecido ajuda, mas não desfaz todas as barreiras naturais.

José Fernandes

Os anos de televisão, ainda assim, são uma bengala confortável para um candidato que tem de lidar com a sombra de André Ventura. Graciano é reconhecido o quanto baste, mas as marcas Chega e Ventura ainda se confudem. “Alguém tem de me trazer cá o Ventura!“, chegaram a pedir-lhe. Nada que atrapalhasse uma manhã tranquila, em modo passeio.

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Sem grandes estados de alma, o candidato ainda ouviu umas quantas palavras de incentivo. “É preciso dar uma volta nesta treta”, atirou-lhe um. “O Medina? É porrada para cima deles“, encorajou uma comerciante. “Vão tirar a maioria ao homem? Vocês juntem-se todos”, avisou outro curioso.

Tudo isto numa freguesia carregada de simbolismo. Pedro Costa, filho do primeiro-ministro, chegou a presidente depois de substituir Pedro Cegonho, que saiu a meio do mandato, tal como António Costa fez com Fernando Medina. Também por isso um e outro eram os visados preferenciais nas conversas que se iam mantendo durante o passeio. “Hoje, o Costa Jr. lá andava a passear no Rato…”, ia ouvindo o Observador.

Até que surge uma pausa estratégica para apreciar autocolantes colados em vários postes de eletricidade. Cópias de artigo de jornal, onde se lia que o “filho de Costa” seria presidente de Campo de Ourique e uma legenda a vermelho: “Socialism = Never-ending corruption“. Na comitiva do Chega jurava-se que o partido nada tinha a ver com aquilo, mas não se escondia um certo divertimento.

José Fernandes

Infligir uma derrota ao PS nesta junta em particular teria, também por isso, um gosto especial, iam comentando com o Observador alguns elementos da comitiva do Chega. Eleger um vereador em Lisboa, hipotecando as hipóteses de maioria absoluta de Medina, seria cereja no topo do bolo — ainda que o desafio seja reconhecidamente difícil.

No final, em declarações ao Observador, Nuno Graciano assumia o otimismo. “O Chega está com força. Vamos ter uma agradabilíssima surpresa na noite eleitoral. Expectativas? Eleger um vereador seria muito bom, dois vereadores era excelente”. A ver.

José Fernandes

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