Jamie Spears, pai da cantora norte-americana Britney Spears, foi suspenso do cargo de administrador do património de 60 milhões de dólares da artista. A decisão foi tomada esta quarta-feira por um tribunal em Los Angeles depois de a juíza Brenda Penny ter aceite a petição interposta pela nova equipa legal de Britney Spears, que impede o pai de continuar a controlar a sua fortuna e vida pessoal, como tem feito desde 2008.

Mas essa responsabilidade foi, ainda assim, colocada temporariamente nas mãos de um contabilista californiano, John Zabel. E assim será pelo menos enquanto a justiça norte-americana não chegar a conclusões sobre a legitimidade de Jamie Spears para gerir o património da autora de “Oops! I Did It Again”. “A situação atual não é sustentável”, considerou Brenda Penny.

A juíza defendeu que a decisão anunciada esta quarta-feira é “do melhor interesse” para Britney Spears porque a disputa entre ela e o pai “reflete um ambiente tóxico”. Recorde-se que, entre junho e julho, a cantora revelou em tribunal estava “traumatizada” pelo controlo paterno nos últimos 13 anos, que chegou a ser medicada contra a sua vontade e impedida de ter mais filhos.

Jamie Spears argumentava que tinha assumido a administração da fortuna de Britney após um surto mental da cantora, mas solicitou o término dessa função após as declarações públicas dela. Foi uma das advogadas do pai da artista que solicitou que ele fosse apenas suspenso, não afastado por completo, enquanto a equipa legal de Britney realiza as investigações à sua conduta desde 2008.

Um dos advogados de Britney Spears confirmou que há um acordo entre ela e o pai para terminar o regime de tutela, mas que já detalhes financeiros por limar e que não era conveniente encerrar já o processo. No entanto, uma audiência para a rescisão será marcada dentro de 30 a 45 dias e a equipa da cantora continua a requerer uma investigação aos ganhos de Jamie, acusando-o de receber “salários desajustados”, “comissões injustificadas” e de participar em negócios de autocuidado — quando alguém que representa outra pessoa tira vantagem própria numa determinada transação, sem ter em vista o melhor interessa daquela para quem trabalha.

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