Marcelo Rebelo de Sousa espera que os pais “sejam sensíveis aos argumentos dos especialistas” no que diz respeito à vacinação de crianças dos cinco aos onze anos, pedindo aos encarregados de educação que decidam “em consciência”, mas “livremente”.

“O parecer é muito claro“, refere Marcelo, que também indica que a divulgação final do documento “é uma prova da força da democracia”, em que “todos cumpriram a sua missão”. “Quem pediu a divulgação dos pareceres cumpriu a sua missão, quem disse ‘há que esperar que os especialistas tenham a versão definitiva também cumpriu a sua missão'”, destaca.

No Porto, o chefe de Estado aponta que “os pais naturalmente quiseram saber mais, querem estar informados e é por isso que a vacinação arranca só daqui a uns dias”,  acrescentando que Portugal é um “país livre” e que a inoculação não é obrigatória.

Questionado sobre se poderá haver dúvidas dos pais, Marcelo lembra que, na vacinação dos adolescentes entre os 12 aos 17 anos, “também havia muitas dúvidas”. “No primeiro momento houve resistência, dúvidas e interrogações e depois houve uma adesão progressiva”, recorda, tendo o Presidente a sensação de “que é o que vai acontecer” nesta faixa etária. “Mas em liberdade”, ressalva.

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O Presidente da República indica que há que fazer um “processo psicológico” aos encarregados de educação (tendo já sido feito a todas as faixas etárias), que “ponderarão, que olharão para o futuro das escolas e das suas famílias”. “Decidirão sem drama.”

Aumento de casos tem de ser visto “sem dramatização” e Natal deverá ser mais tranquilo do que o ano passado

Sobre o aumento recente de casos em Portugal, Marcelo sinaliza que a questão tem de ser vista “sem dramatização”. “Estamos muito mais vacinados do que a generalidade dos países europeus e do mundo”, argumenta, sublinhando que não “tem havido um processo galopante [da subida de contágios] que muitos esperavam” por causa da vacinação.

Além disso, o Presidente da República antevê um período natalício mais “tranquilo” do que o do ano passado, referindo que o número de mortes é hoje menor do que no final de 2020. “A diferença é a vacina”, salientou.

“Não vejo razões para, daqui a 15 dias, estarmos numa situação que não seja uma lógica de continuação da situação que vivemos hoje”, destacou o Presidente da República.