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Meios tecnológicos sul-africanos terão sido preponderantes para contornar tecnologia israelita que 'protegia' Rendeiro

Este artigo tem mais de 2 anos

A PJ já sabia que Rendeiro havia entrado na África do Sul, mas era preciso conhecer a sua localização, que o próprio sempre tentou dificultar. "João", de Portugal, avaliou hotel no Booking.

Durban shopping centres and businesses looted in South Africa
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Gallo Images via Getty Images

Gallo Images via Getty Images

Durante o período em que esteve fugido, João Rendeiro comunicava com Portugal socorrendo-se de um sistema de encriptação de origem israelita que tornava a sua localização praticamente “indetetável”, um investimento em tecnologia que, segundo anunciou este sábado o diretor nacional da Polícia Judiciária, terá sido “exorbitante”. E, para contornar o plano pensado ao pormenor, terão sido determinantes os meios tecnológicos ao dispor das autoridades sul-africanas, sabe o Observador.

Enquanto o trabalho de recolha e partilha de informação por parte da Polícia Judiciária portuguesa se ia desenvolvendo, as autoridades daquele país iam pondo em marcha diversas diligências para desencriptar dados e conseguir chegar ao local onde estava o antigo banqueiro português — algo que o próprio considerava ser impossível.

Numa das várias entrevistas concedidas desde que Rendeiro foi detido, o diretor nacional da Polícia Judiciária assumiu mesmo a preponderância do apoio externo neste desfecho: “Se me permite, com toda a humildade, quem localizou [João Rendeiro] foram os nossos colegas sul-africanos”, disse Luís Neves.

É que, apesar de a Polícia Judiciária ter conhecimento de que o antigo banqueiro havia dado entrada naquele país — o que aconteceu ainda antes de a sua mulher ter apontado a África do Sul como o local onde estaria, segundo o próprio Luís Neves –, era preciso haver uma localização concreta do alvo. E essa nunca foi deslindada, nem mesmo depois da entrevista que deu à CNN Portugal.

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O “João, de Portugal”, que deu uma excelente avaliação ao hotel de Rendeiro

Mas mesmo nas fontes abertas são várias as pistas que as autoridades poderão ter seguido até localizar o ex-banqueiro. Uma delas, descobriu o Observador, foi a avaliação que um “João”, português que viajava sozinho, fez, a 20 de Novembro, do hotel onde Rendeiro foi detido, o Forest Manor Boutique Guesthouse.

Este português terá comentado uma estada de apenas 5 dias, mas também se sabe agora que, no período em que esteve na África do Sul, Rendeiro fez diversas deslocações para fora do país, acabando por regressar, o que faz com que esse detalhe por si só não afaste de todo a hipótese de ter sido o próprio a deixar esse mesmo comentário.

Isso significa que ou algum português (também João) pode ter estado no mesmo espaço que Rendeiro, ou que o próprio, sem usar o seu último nome, se sentia à vontade para manter uma vida normal, sem grandes privações, como, aliás, disse na entrevista que deu ao Tal&Qual e à CNN. “Bastam-me três, quatro, cinco mil euros por mês para me sustentar”, disse, adiantando ainda que não se escondia no seu dia-a-dia, indo à praia, ginásio e restaurantes sem usar “peruca ou rabo de cavalo”.

Uma informação que as autoridades vieram a confirmar. Ainda que muitos detalhes não sejam ainda conhecidos, além das comunicações — via telefone e internet –, nestes casos, as polícias conseguem recolher também informações através de movimentações com cartões de crédito — o follow the money.

O ex-líder do Banco Privado Português (BPP) foi condenado a três penas de prisão efetiva no âmbito dos processos do chamado caso BPP. Uma dessas penas já transitou em julgado e Rendeiro promete recorrer às instâncias internacionais. Num artigo que publicou no seu blogue pessoal, no final de setembro, Rendeiro deixava clara a sua intenção de não regressar a Portugal para cumprir a pena de prisão.

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