O conselho geral e de supervisão (CGS) do Novo Banco confirma que já estão a ser analisados “com seriedade” os temas suscitados pela investigação judicial ao antigo presidente do Benfica e que envolvem também o presidente executivo do banco, António Ramalho.

De acordo com as escutas feitas no quadro esta investigação o CEO do Novo Banco terá ajudado a preparar Luís Filipe Vieira, um dos grandes devedores da instituição bancária, a responder na comissão parlamentar de inquérito que investigou a gestão e as perdas deste banco. O CGS não esclarece quem está abrangido por esta análise, refere apenas que incide sobre conteúdos divulgados na imprensa nas últimas três semanas relativos à “Operação Cartão Vermelho”.

Na sequência destas informações, o órgão interno de fiscalização do Novo Banco confirma que estes assuntos “estão a ser analisados com seriedade e que a análise independente esta a ser efetuada de forma pormenorizada, rigorosa e baseada em factos e nas informações disponíveis ao CGS e ao Novo Banco”, refere o comunicado assinado por Byron Haynes, presidente deste órgão nomeado pela Lone Star.

Esta análise independente estará concluída “de forma atempada e exaustiva, através de um procedimento adequado. A abordagem, os resultados e a documentação relevante de suporte desta análise serão partilhados com o Banco Central Europeu (BCE) numa base contínua”. Por iniciativa do Banco de Portugal foram enviadas informações ao BCE, a quem compete fazer a avaliação à idoneidade do gestor do Novo Banco. António Ramalho foi reconduzido no cargo para um novo mandato até 2024.

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Novo Banco. O que pode fazer cair António Ramalho

Sem se comprometer com um prazo para terminar esta análise, o conselho geral e de supervisão conclui o comunicado a destacar os resultados positivos e a trajetória de recuperação e rentabilidade do Novo Banco sob a gestão de António Ramalho.