A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o ataque informático de que foi alvo a operadora de telecomunicações Vodafone, disse à Lusa fonte policial. Já esta manhã o Observador tinha apurado que a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica estava a trabalhar com a empresa neste caso.
A mesma fonte da Lusa apelou a que as empresas invistam e “recorram à segurança informática” para fazer face a “uma nova realidade” que é a cibercriminalidade associada às modernas tecnologias. Mas não quis comentar se este ataque informático à Vodafone teve subjacente uma tentativa de extorsão por parte dos piratas informáticos, remetendo eventuais explicações sobre o assunto para a operadora.
A Vodafone assumiu esta terça-feira que foi alvo de um “ciberataque deliberado e malicioso” com o objetivo de causar danos e perturbações.
Houve vários serviços afetados, desde a rede multibanco, aos bombeiros e hospitais, apesar de a empresa garantir que, assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, agiu “de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços”.
Vodafone. Tudo o que parou no país ou está com problemas devido ao ataque
Ainda assim a situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital.
“Já recuperámos os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o país mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos”, acrescenta a empresa, sublinhando que essa recuperação irá acontecer progressivamente ao longo do dia desta terça-feira.
A empresa adianta ainda que a investigação se irá prolongar por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes.