O que aconteceria se pegássemos no Wall-e, o robô da Disney, e o colocássemos numa colónia de pinguins na Antártida? A resposta já existe e tem um nome: ECHO.

O robô com cerca de 1 metro de altura tem analisado ao longo dos últimos meses uma colónia de pinguins imperador na Baía Atka pertence ao projeto MARE. O objetivo deste programa é investigar o estado do ecossistema marinho do continente de gelo através do estudo desta espécie de pinguins ao longo de 30 anos.

Embora as aves notem ocasionalmente a presença do robô, por “exibirem curiosidade por tudo o que não conhecem”, explicou à CNN Dan Zitterbart, cientista no Instituto Oceanográfico Woods Hole, o ECHO foi desenhado de modo a perturbar o menos possível o normal funcionamento da colónia.

Apesar dos sons ligeiros que faz quando se move, este robô é mais lento do que um ser humano a andar, um limite de velocidade propositado para que a sua presença seja tão discreta quanto possível. O rover desloca-se com um sensor de luminosidade que lhe permite detetar e contornar obstáculos.

O ECHO, além de robô, é também uma antena que serve de suplemento ao SPOT — Observatório para Observação e Rastreio de Pinguins.

Todos os anos, 300 pinguins jovens dos cerca das cerca de 20 mil aves que compõem a colónia são monitorizados com um rastreador semelhante aos microchips colocados nos cães e gatos. Estes chips não têm uma bateria de energia, pelo que podem apenas ser lidos a cerca de um a dois metros de distância. É aí que entra o ECHO.

O robô, capaz de identificar de forma autónoma os pinguins com sensores de entre as 20 mil aves, recolhe depois os dados dos microchips e envia a informação para a SPOT, permitindo que a mesma seja analisada pelos cientistas.

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