O russo Igor Girkin, também conhecido por Igor Strelkov, terá sido detido na Crimeia, numa altura em que se tentava juntar à linha da frente da guerra na Ucrânia, por estar insatisfeito com o “lento progresso do exército”.

Alexander Zhuchkovsky, nacionalista russo e aliado de Strelkov, adiantou a sua detenção e, citado pelo Telegraph, acrescentou que “Strelkov é um homem com vasta experiência militar”. Para Zhuchkovsky, “é um grande crime político impedi-lo de chegar na frente” de combate.

Nas redes sociais circulam fotografias de Girkin sem o seu tradicional bigode, naquela que se diz ser uma possível tentativa de disfarce para integrar a frente de Kherson, no sul da Ucrânia. O passaporte falso, alegadamente usado por Igor e datado de 2015, também foi partilhado nas redes sociais.

Igor Girkin foi oficial do Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia, tendo ficado conhecido por ter liderado as forças rebeldes russas na invasão do Donbass, em 2014, ao conquistar a cidade de Sloviansk. Na altura viajou para Donetsk como um combatente sem qualquer ligação ao governo russo, tornou-se carismático e assumiu a liderança, chegando a ser reconhecido pelo Kremlin.

Atualmente com 51 anos, trabalha como analista militar e é um confesso apoiante da invasão da Ucrânia, embora tenha criticado Putin, “por não se comprometer totalmente, ter manipulado o esforço de guerra” e se recusar “a ordenar uma mobilização total”, escreve o Kyiv Independent.

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