Uma conversa com a ilustradora e designer Cecília Lajes, inspirada no Bordado de Guimarães, uma oficina de olaria e a exposição “Gestos que Contam” integram a programação de outubro de artes tradicionais da cooperativa cultural de Guimarães, A Oficina.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, a cooperativa responsável pela gestão dos espaços culturais de Guimarães, no distrito de Braga, diz que em outubro as “artes ancestrais vimaranenses como o Bordado de Guimarães e a Cantarinha dos Namorados de Guimarães são transportadas para a atualidade com boas doses de inovação, pensamento e mãos à obra como combustível“.

Conversa com Cecília Lages inspirada no Bordado de Guimarães e na sua simbologia — a presença do feminino na cultura do trabalho e igualdade laboral — no âmbito da Bolsa de Incentivo à Criação MICA [Mudança e Intervenção Criativa em Artesanato] e Oficina de Olaria ‘Histórias de Cântaros e Cantarinhas’, com Maria Fernanda Braga, decorrem na Casa da Memória de Guimarães, e a exposição é inaugurada na Loja Oficina”, lê-se na nota.

Segundo A Oficina, durante o mês, “a ilustradora e designer Cecília Lages (Hey CECILIA!) irá desenvolver o seu projeto de criação inspirado no Bordado de Guimarães e na sua simbologia”, sendo que o mesmo servirá de “fio condutor da conversa” com a artista, a ter lugar na Casa da Memória, pelas 15h00, no sábado.

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Na Loja Oficina, a partir do dia 22, vai estar patente a exposição “Gestos que contam”.

“Outros contam a história de uma vida inteira. Um gesto inúmeras vezes repetido por Justina ficou gravado, carinhosamente, na memória auditiva de Fátima, desde os seus quatro anos de idade. ‘Gestos que Contam’ é um programa de exposições, que tem como desafio dar sentido a obras à margem dos campos artísticos e normativos das produções artesanais, mas que são sinais de resistência ao matraquear quotidiano das máquinas do Vale do Ave profundo”, refere a organização.

A inauguração desta exposição acontece pelas 17h00 do dia 22 de outubro, integra uma instalação de Miguel Lima e bordado de Maria de Fátima Magalhães, e pode ser visitada de segunda a sábado, entre as 11h00 e as 18h00, encerrando aos domingos e feriados.

A partir de 23 de outubro, na Casa da Memória, vai decorrer uma oficina de olaria vimaranense, percorrendo “uma tradição feita de barro e de histórias, no regresso dos já tradicionais Domingos na Casa”.

“Conduzidos pela oleira Maria Fernanda Braga e inspirados pela Cantarinha dos Namorados, os mais novos têm a oportunidade de fazer parte das ‘Histórias de Cântaros e Cantarinhas’, a oficina em que se molda o barro vermelho na roda de oleiro, enquanto as mãos na água e a água no barro e o barro na mão fazem nascer pequenas peças que podem ser ornamentadas com mica branca polvilhada. Depois, é só aguardar algumas horas pela cozedura”, explica A Oficina.