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O Presidente russo, Vladimir Putin, deslocou-se esta segunda-feira à ponte de Kerch, na Crimeia, parcialmente destruída em outubro num ataque. Esta foi a primeira visita à península – anexada pela Rússia em 2014 – desde o início da guerra na Ucrânia.

As cadeias de televisão russas difundiram imagens que mostram Putin ao volante de um carro, revelando que se encontrava na ponte que liga a península da Crimeia ao território continental da Rússia.

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Putin escolheu um Mercedes para a viagem, conduziu a uma velocidade de entre 60 a 80 km/h, com a rádio sintonizada na estação russa Europe Plus, descreve a agência estatal Ria Novosti. Seguia no carro acompanhado pelo vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin.

O líder russo também caminhou sobre a ponte de Kerch, onde falou com trabalhadores responsáveis pelas reparações da estrutura.

A ponte foi danificada a 8 de outubro por uma potente explosão que as autoridades russas atribuem às forças ucranianas e a que Moscovo respondeu com diversas vagas de ataques contra importantes infraestruturas ucranianas.

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As reações à viagem de Putin pela ponte da Crimeia: as suas “ambições agressivas” diminuíram

A primeira visita de Putin à Crimeia, após meses de guerra com a Ucrânia, gerou uma onda de comentários nas redes sociais. “Há nove meses Putin queria destruir a Ucrânia numa questão de dias. Hoje está feliz a conduzir um carro pela ponte que construiu ilegalmente há muito tempo atrás”, escreveu no Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia. Para Dmytro Kuleba, as “ambições agressivas” do líder russo diminuíram: “A Ucrânia vai garantir que vão encolher ainda mais até caberem nas fronteiras da Rússia”, sublinhou.

O episódio também originou comparações com o Presidente Volodymyr Zelensky, que, ao contrário de Putin, visitou várias regiões atingidas por mísseis russos e localidades libertadas pelas forças ucranianas. “Zelensky visitou o campo de batalha ativo (…). Putin andou alguns passos na ponte da Crimeia, construída ilegalmente”, escreveu na mesma rede social Christopher Miller, correspondente do Financial Times.

Também não escapou a atenção o facto de Putin ter escolhido um Mercedes para atravessar a ponte da Crimeia. “Porque será que Putin conduz um Mercedes alemão e não um Lada russso”, ironizou o deputado ucraniano Oleksiy Goncharenko. “O Kremlin está tão descontente com as sanções e diz que tudo é melhor na Rússia. Afinal não é?”, questionou.

Atualizada às 20h55