Luz Marina Contreras partiu da Colômbia com destino à Europa. Na companhia dos filhos, os três estiveram em Londres, Paris e Lisboa. “Era o plano familiar que tanto queríamos fazer, era a primeira viagem internacional que fazíamos”, disse o filho nas redes sociais. Mas este plano acabou por ser interrompido em Portugal — onde estavam para visitar o santuário de Fátima –, quando a mulher de 50 anos deu entrada no hospital e, depois de cerca de um mês de internamento, as suas pernas foram amputadas. Agora, a família criou uma angariação de fundos para pagar as despesas dos cuidados de saúde.

Esta família colombiana aterrou em Lisboa a 27 de junho e menos de dois dias depois, na madrugada de 29 de junho — dia em que partiriam para Fátima –, Luz Contreras sentiu-se mal. “Jantámos e, por volta da meia-noite, começou a sentir-se mal, com náuseas, vómitos, febre. Às seis da manhã, a minha irmã acordou-me em pânico e olhei para a minha mãe e a minha mãe não conseguia mexer-se, tinha febre altíssima, não conseguia falar”, acrescentou o filhe de Luz Cabreras num dos vídeos que publicou no Instagram a relatar a tragédia que atingiu a família.

A mulher foi então levada para o Hospital da Luz, conta a sua filha também nas redes sociais e, depois de vários exames médicos, foi confirmado que se tratava de uma infeção bacteriana por Streptococcus Pyogenes, bactéria associada habitualmente a amigdalites e faringites. No entanto, esta bactéria pode causar, nos casos mais graves, septicemia, uma inflamação grave.

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Luz Contreras faz parte desses casos mais graves. Esteve em coma induzido durante seis dias e a bactéria Streptococcus Pyogenes provocou a falência de alguns órgãos, como o fígado e os rins. A estação televisiva colombiana Antena 3 avançou mais detalhes sobre o percurso clínico desta mulher e, depois de um pedido da Embaixada da Colômbia em Portugal, Luz Contreras foi transferida do privado para o público — do Hospital da Luz para o Hospital de Santa Maria.

Quando os seus órgãos começaram a funcionar novamente, Luz Contreras desenvolveu necroses, uma consequência da infeção e que provoca a morte dos tecidos — neste caso, das mãos e dos pés.

O agravamento do estado de saúde desta colombiana foi rápido e, a 21 de julho, foi recomendado que Luz Contreras fosse transferida para a Colômbia, já que os tratamentos são demorados e podiam prolongar-se por até um ano.  Mas menos de três semanas depois, a evolução da infeção mudou, mais uma vez, o rumo desta família. A 11 de agosto, Luz Contreras foi operada para amputação das pernas e continua internada no Hospital de Santa Maria.