Depois de todos os problemas na preparação, primeiro com a uma virose e depois com Covid-19, Fernando Pimenta ganhou uma outra confiança nos dias que antecederam os Mundiais de Duisburgo, importantes não só pela competição em si mas por dar qualificações diretas para os Jogos Olímpicos de Paris, com tudo o que isso ajuda depois numa preparação focada sobretudo para esse momento. Agora, após um primeiro dia de Campeonatos do Mundo onde passou às meias a ganhar as suas eliminatórias quase em ritmo de treino em K1 500 e K1 1.000, era altura de passar da teoria à prática e logo na distância preferida (e olímpica).

Duas vitórias para ganhar confiança para as medalhas: Fernando Pimenta nas meias-finais do K1 500 e do K1 1.000 dos Mundiais

“Possibilidades de lutar por medalhas há muitas, qualificações olímpicas e Jogos há poucos. Esse é o grande objetivo, nem que seja em detrimento do pódio. Nos últimos tempos consegui dar grandes passos a troco de muito sacrifício. Este ano tive repetidos problemas de saúde, felizmente que nesta última fase consegui recuperar bem e ganhar boa forma física e psicológica. Sinto-me bastante melhor e capaz. Prometo o melhor de mim, dar tudo por tudo para honrar Portugal e os portugueses”, tinha destacado antes desse arranque das provas mais a sério, com a chegada das meias-finais a começar logo pelo K1 1.000.

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As primeiras duas finais A a pensar nas medalhas (e nos Jogos): Kevin Santos e Teresa Portela apurados para corrida decisiva dos Mundiais

Sendo uma das últimas corridas do dia, Fernando Pimenta tinha também essa “motivação” extra do sucesso de Portugal ao longo desta quinta-feira, com Kevin Santos (K1 200), Teresa Portela (K1 500) e Norberto Mourão (paracanoagem, VL2 200) a carimbarem a passagem direta à final A das respetivas distâncias. Só faltava mesmo essa “confirmação” do atleta que é um dos mais medalhados de sempre no plano internacional com mais de 120 pódios, que entrava na segunda de quatro meias-finais de K1 1.000 onde apenas os dois primeiros classificados garantiam passagem à final A, este sábado. E o limiano voltou a não falhar: numa prova onde esteve sempre na frente, o português acabou em primeiro com 3.28,097, com o sueco Martins Nathell (3.28,678) a conseguir bater o dinamarquês Rene Holten Poulsen (3.31,597) em segundo.

De acrescentar que o húngaro Adam Varga (3.25,348) e o argentino Agustin Vernice (3.26,730) já tinham antes desta segunda meia-final garantido a passagem direta à final A. De seguida, Thomas Green (Austrália, 3.27,307), Artuur Peters (Bélgica, 3.28,620), Jakob Thordsen (Alemanha, 3.27,398) e Josef Dostal (3.29,454) também asseguraram a qualificação direta. Francisco Cubellos, de Espanha, foi o último dos nove apurados para a final A do K1 1.000 ao fazer o melhor tempo entre os terceiros classificados (3.26,880). Agora, na final que se realiza no sábado, Fernando Pimenta irá partir com dois objetivos em vista: voltar a ganhar mais uma medalha em Mundiais e terminar num dos seis primeiros lugares para garantir Paris-2024.