Os três alunos portugueses que conseguiram colocar uma bactéria marinha a produzir fio de teia de aranha, usando a sua formulação genética, e lhe adicionaram um gene que pode ser implementado em tecidos ósseos lesionados, venceram o Concurso Europeu para Jovens Cientistas.

Além de subirem ao primeiro lugar do pódio e de arrecadarem 7.500 euros, Afonso Nunes, Inês Cerqueira e Mário Onofre, do Colégio Luso-Francês, foram ainda distinguidos com o Prémio Especial XFEL, que “garante o acesso a uma experiência de uma semana na European XFEL – European X-Ray Free-Electron Laser Facility, em Hamburgo”. O produto final resultante do projeto SPIDER-BACH2 poderá ser aplicável na mitigação da osteoporose.

Em comunicado, a Fundação da Juventude, que assegurou a representação do SPIDER-BACH2 em Bruxelas, destaca que o projeto assenta “na proposta de produção simultânea de seda de teia de aranha recombinante com um péptido bioativo que demonstra ter propriedades regenerativas do tecido ósseo”. O projeto, com coordenação da professora Rita Rocha, identificou também “capacidade de produção de hidrogénio verde como subproduto do uso de uma bactéria marinha”.

Alunos criam creme hidratante com restos de peixe e usam bactéria para regenerar tecido ósseo

Nesta 34.ª edição do Concurso Europeu para Jovens Cientistas, que é organizado anualmente pela Comissão Europeia, estiveram presentes 85 projetos, mais de 130 jovens cientistas (com idades entre os 14 e os 20 anos), provenientes de 36 países.

Além do SPIDER-BACH2, a Fundação da Juventude levou também até Bruxelas o projeto SYRENITY, um “estudo que tem como objetivo a produção de um creme rico em colagénio – proteína com propriedades estruturais e hidratantes – utilizando subprodutos resultantes da indústria pesqueira, como escamas e barbatanas de peixes”.

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