António Costa participa esta sexta-feira na Cimeira dos Países do Sul da União, em La Valetta, Malta. Questionado sobre a sua posição em relação à crise migratória, que será um dos pontos centrais discutido no encontro, o primeiro-ministro considera que “cada pessoa que vem para a Europa vem com um projeto de vida” e que é necessário “casar esses projeto com as oportunidades de realização e de satisfação que existem na Europa”.

“É relativamente absurdo  estarmos ao mesmo tempo a frustrar tantos projetos de vida quando há tantas necessidades e oportunidades na Europa por satisfazer”, alertou em declarações ao jornalistas ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Reiterou que as migrações são uma “questão central na União Europeia” e garantiu que Portugal tem prestado solidariedade à Itália, já que que é um país onde a pressão tem sido maior. António Costa recordou a importância do encontro que juntou a presidente da Comissão Europeia e a primeira-ministra italiana em Lampedusa e reiterou a disponibilidade de Portugal em colaborar neste projeto.

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“Temos bons modelos do trabalho com os países de trânsito, quando era ministro da Administração Interna houve uma grande pressão migratória nas regiões de Ceuta e Melilha e o Governo espanhol fez um acordo muito importante com Marrocos que ajudou a conter essa pressão e a criar canais estáveis e seguros para os fluxos migratórios”, lembrou, destacando o papel nacional na resolução de crises antigas.

Considerou “insuportável” a tragédia que decorre no Mediterrâneo — “um cemitério em que as pessoas arriscam a sua vida”. E destacou que todos os líderes europeus “devem dar muita importância às palavras do Papa Francisco”, tendo em conta a “dimensão humanitária”, que faz parte dos valores europeus.

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