O ex-ministro socialista Paulo Pedroso foi eleito presidente da associação Causa Pública, que este sábado foi formalmente constituída e cuja primeira iniciativa, marcada para dia 28 de outubro, refletirá sobre temas como o futuro da economia ou os desafios ambientais.

Em discussão no primeiro fórum da associação que pretende propor políticas de esquerda para as próximas décadas vão estar quatro temas, nomeadamente “o futuro da economia, os desafios ambientais, os direitos sociais e o trabalho e a qualidade da democracia”, disse Paulo Pedroso à agência Lusa, após a reunião deste sábado da assembleia geral fundadora.

“Definimos como prioridades imediatas para tomadas de posição temas como a saúde, a educação e a fiscalidade”, acrescentou Pedroso.

Além de Paulo Pedroso, foram eleitos para a direção da associação a ex-ministra socialista Alexandra Leitão, a antiga deputada do BE Ana Drago, o economista José Reis e o ex-dirigente do PCP, BE e Manifesto Rogério Moreira.

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Já o Conselho Estratégico será presidido pelo economista Ricardo Paes Mamede, enquanto o advogado Ricardo Sá Fernandes preside à Mesa da Assembleia Geral.

“A associação Causa Pública não nasce para discutir táticas político-partidárias. Procura antes ser um interlocutor, a partir da cidadania, com as políticas à esquerda, numa perspetiva essencialmente de futuro e de mudança estrutural. Une-nos a ideia de que Portugal precisa de reformas estruturais progressistas”, afirmou Paulo Pedroso em declarações à agência Lusa.

Porta-voz do PS sob a liderança de Ferro Rodrigues (2002/2004), Paulo Pedroso sustentou que “as esquerdas têm o dever perante o país de procurarem não apenas manter o modelo de Estado Social, mas adicionar governação económica, sustentabilidade ambiental e capacidade de enfrentar novos problemas sociais”.

Entre os 110 fundadores da Associação Causa Pública estão o vice-presidente da bancada do PS Pedro Delgado Alves, a deputada socialista Isabel Moreira, o economista Ricardo Pais Mamede, o jornalista Daniel Oliveira, o arquiteto Tiago Mota Saraiva, Paula Marques (vereadora independente na Câmara de Lisboa), Isabel do Carmo (médica), o advogado Ricardo Sá Fernandes, o antigo deputado do BE João Teixeira Lopes e Miguel Vale de Almeida, que foi deputado independente pelo PS.